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Familiares e amigos se despedem de mineiro

Cerca de 300 pessoas, entre familiares, amigos e colegas compareceram ao velório do operador de máquinas, Jarbas, na noite desta quinta-feira

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Mais uma vida perdida no subsolo de mina volta a ocorrer na região. Em pouco mais de três meses, a morte do operador de máquinas, Jarbas Cristopher Lenhani, de 34 anos, é o segundo caso registrado na Mina Fontanella, da Carbonífera Metropolitana, de Treviso.

Cerca de 300 pessoas, entre familiares, amigos e colegas de trabalho, compareceram ao velório da vítima na noite desta quinta-feira na Capela Mortuária do município. Jarbas, que trabalha a pouco mais de três anos na mina, deixa mulher, uma filha de um ano e sete meses e um menino de seis anos.

Bastante consternados, os presentes poucos quiseram falar, mas deixaram o sentimento à família e pediram uma maior atenção na segurança das minas locais. Na tarde de hoje, uma reunião entre o sindicato, Ministério do Trabalho, membros da empresa e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), decidiram a contratação de um perito técnico para analisar minuciosamente a segurança do local.

O mineiro morreu esmagado no peito pela calda de uma máquina, chamada de mineradora contínuo, por volta das 7h30min, após uma hora de ter iniciado mais um turno de trabalho. A vítima foi prensada na quadração, que é a parede da galeria da mina.

Trabalhos paralisados

Conforme o site Clicatribuna, os trabalhos estão paralisados por 48 horas. A perícia também já foi realizada na cena do acidente. Jarbas foi retirado pelos próprios colegas de trabalho e socorrido pela equipe de atendimento de pronto socorro da carbonífera.

O Corpo de Bombeiros de Criciúma foi acionado e o encaminhou até o Hospital São João Batista, aonde já chegou sem vida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma e liberado no início da tarde. A causa da morte, conforme o IML, foi constata como trauma torácico.

Em nota emitida à imprensa, a Carbonífera Metropolitana comunicou com pesar o acidente, e que a empresa, através das suas equipes de psicologia e assistência social, mantém contato com a família, para ser prestada toda a assistência necessária. Informou ainda que a Carbonífera Metropolitana, através da sua diretoria, lamenta o acidente e realiza todos os procedimentos para verificação das causas.

Outra perda

Na madrugada de 1º de julho, Marcos Olívio Nunes, 40 anos, perdeu a vida depois ser atropelado por um veículo para o transporte de carvão. Ele era morador do Bairro Ana Maria, em Criciúma.