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Fé para pedir e agradecer

Há três anos, quando estava grávida, Luana Martinhago da Conceição foi fazer um ultrassom para ver como estava transcorrendo a gestação. Ao ouvir a resposta do médico, teve um susto, ao descobrir que a filha tinha um problema no coração.

Preocupada, fez uma promessa à Nossa Senhora Aparecida de que estaria na peregrinação ao morro de Treze de Maio, onde fica a imagem da santa, durante cinco anos se a criança fosse curada. No ultrassom seguinte, a surpresa. "Não tinha mais nada, foi um milagre", conta a costureira, emocionada, ao ver a alegria da pequena já pertinho de Nossa Senhora Aparecida.

Leticia Martinhago da Conceição Toreti estava vestida de anjinho, roupa escolhida pelos pais, e estava muito feliz em chegar até o topo. "Gostei muito, cansa, mas gostei. Agora quero um picolé", diz a menina, arrancando risada dos pais. A mãe se mostrava muito feliz em ver que a filha estava com todo pique e acompanhou todo o trajeto. "É uma promessa que eu fiz e a minha família acompanha. Agora vira uma tradição, porque também é momento de agradecer", conta.

Cansaço e agradecimento

Assim foi a rotina de muitos fiéis e simpatizantes durante todo o dia de ontem, em Treze de Maio. Por causa do dia de Nossa Senhora Aparecida, muitas pessoas de toda a região e estado foram fazer a peregrinação da subida do morro de quase 113 metros para agradecer ou cumprir alguma promessa. Desde o começo do dia até a noite, milhares de pessoas passaram pelo local e tiveram que encarar a subida íngreme, que faz muita gente parar no caminho para descansar e até pegar um celular para bater uma foto e registrar o momento de fé.

Determinação sem fim

O eletricista Alisson Faraco Crepaldi fez o trajeto a convite da mulher e afirma que pretende voltar outros anos. "Também venho para agradecer por tudo que a gente conquista e vive a cada dia. Por isso vim", frisa. A aposentada Isolete Silva chegou ao fim do trajeto para agradecer cansada, com as mãos sobre o joelho e a certeza de que a missão estava cumprida. Devota e com muita fé, ela também vestia a camisa do Criciúma e aproveitava para renovar os pedidos de agradecimento e até pedia uma "ajudinha" para o Tigre. "Já que estamos aqui, não custa nada pedir pelo Criciúma e também pelas pessoas que necessitam. É bom renovar essa fé e as forças para mais um ano de muita luta", conta.

Com informações de Mateus Mastella / Clicatribuna

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