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Ferrovia Litorânea será discutida nesta sexta

O assunto será abordado em reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, na Fiesc

Santa Catarina tem 980 quilômetros de ferrovias e um novo modelo deste transporte será apresentado nesta sexta-feira, durante o Fórum Parlamentar. O encontro será realizado na Federação das Indústrias (Fiesc), em Florianópolis, a partir das 14h30min, com presença do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

A Ferrovia Litorânea também está na pauta, com o diretor de infraestrutura ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Mário Dirani. Já a Ferrovia Leste-Oeste será tema de palestra do diretor de operações da Valec Engenharia Construções e Ferrovias, Bento José de Lima.

“Ferrovias são fator de competitividade porque estão diretamente ligadas à melhoria da logística de Santa Catarina e, assim, aos custos de produção. Os principais eixos rodoviários que cortam o estado têm sua capacidade comprometida em função do crescente aumento do tráfego, por isso, a construção de ferrovias torna-se fundamental”, salienta o presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte.

“O governo da presidenta Dilma está investindo na reativação, recuperação e construção da malha ferroviária de todo o Brasil, e Santa Catarina também está inserida nesse contexto. É um estado que já conta com ferrovias e onde esse modal de transporte é fundamental, principalmente para o escoamento dos produtos catarinenses, tanto para consumo interno, quanto para externo”, acrescenta o deputado Décio Lima, coordenador do Fórum Parlamentar.

FTC

Conforme matéria do Jornal Notisul, os quase mil quilômetros de ferrovias em território catarinense são operados pela Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e pela América Latina Logística (ALL). As linhas operadas pelas FTC têm 164 quilômetros de extensão, dez locomotivas e 443 vagões. A ferrovia interliga a região carbonífera ao Porto de Imbituba, passando por de Capivari de Baixo, Imbituba, Laguna, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Urussanga e Forquilhinha. Os principais produtos transportados são carvão mineral (região carbonífera até termelétrica) e produtos cerâmicos (até o porto, para exportação).

A Translitorânea

Quando estiver pronta, a ferrovia Translitorânea terá 236 quilômetros ligará os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O trajeto também prevê a interligação dos Portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. O projeto do trecho entre Imbituba e Porto Alegre ainda não está pronto, e a elaboração tem estimativa mínima em R$ 18 milhões. Já o custo da obra em si é previsto que ultrapasse a casa do R$ 1 bilhão. A parte de Imbituba a Araquari (no norte catarinense) já tem Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) aprovado (custou R$ 3 milhões).