Um dia de extensas discussões marcou a última rodada de negociações entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que ocorreu ontem. Uma assembleia dos trabalhadores, que deve ocorrer hoje, pode definir o fim da greve dos bancários.
As negociações ocorridas ontem começaram ainda pela manhã. Os bancos privados apresentaram proposta de aumento de 8,5% sobre o piso, 8% para salários acima do piso e 10% de aumento sobre a parte fixa da Participação sobre Lucros e Resultados.
O impasse ficou por conta da reposição dos dias não trabalhados. A Fenaban propunha compensar os dias de greve em 180 dias, mas o comando não aceitava a proposta. A negociação chegou a ser paralisada e retomada no período da tarde, pela qual se arrastou. Até o fechamento desta edição, não havia uma definição sobre o tema.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da região de Tubarão, Armando Machado Filho, já estava marcada uma assembleia para definir se a proposta seria aceita, hoje, às 9h. “Caso não haja uma definição hoje (ontem) sobre as negociações, vamos ter que transferir a decisão para outra assembleia, mas ela continua mantida”, disse o presidente ontem à noite. Ainda que a assembleia opte pela aceitação da proposta, os bancos seguem de portas fechadas nesta sexta-feira.
Segundo Diário do Sul, a nova rodada de negociações foi marcada após a rejeição pelas assembleias dos sindicatos da proposta de reajuste salarial de 7,1% apresentada pelos bancos na sexta-feira passada, que foi considerada insuficiente pela categoria.
A greve atinge 16 municípios e 45 bancos da região, segundo o sindicato.