Joseph Ratzinger deixou recomendações sobre a cerimônia fúnebre. “Segundo desejo do papa emérito, o funeral será feito em nome da simplicidade. Eles serão solenes, mas sóbrios”
Foto: Vatican Media/Divulgação
O papa emérito Bento XVI morreu neste sábado (31), aos 95 anos, no mosteiro Mater Ecclesiae. Em função de Joseph Ratzinger ter se afastado do cargo, algo inédito em pelo menos seis séculos, ele terá um funeral único na história da Igreja Católica, em que um pontífice conduzirá o velório de outro. O papa Francisco presidirá em 5 de janeiro o funeral de seu antecessor.
As regras para funerais papais são estabelecidas em um guia de 400 páginas chamado “Ritos Funerais do Pontífice de Roma”. Conforme o rito da Igreja Católica, o funeral de um papa deve ocorrer entre quatro e seis dias após a morte. Durante esse período, o corpo será exibido a fiéis que desejem prestar as últimas homenagens.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, Joseph Ratzinger deixou recomendações sobre a cerimônia fúnebre. “Segundo desejo do papa emérito, o funeral será feito em nome da simplicidade. Eles serão solenes, mas sóbrios”, detalhou.
O Vaticano informou que Bento XVI recebeu a unção dos enfermos na última quarta-feira (28), ao fim da missa celebrada no mosteiro e na presença das irmãs Memores Domini, que o acompanham desde a mudança dele para o local.
Os ritos fúnebres iniciam na segunda-feira (2) quando o corpo de Bento XVI ficará exposto na Basílica de São Pedro para receber o último adeus dos fiéis. A diferença deste funeral, em comparação com os demais, é que Francisco vai presidi-lo, enquanto, quando se trata de um chefe da Igreja Católica ativo, o ritual é conduzido pelo decano dos cardeais.
Mas muitas são as dúvidas sobre a cerimônia, já que se trata de um fato inédito. Uma das certezas é que a chaminé da Capela Sistina não emitirá a tradicional fumaça branca anunciando que há novo chefe da Igreja Católica, função atualmente ocupada pelo papa Francisco.
Via ND+