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Hóspedes são retirados de hotel interditado em Laguna

Turistas, na maioria argentinos e uruguaios, estão sendo realocados.

Foto: Decom Laguna

Foto: Decom Laguna

No final da manhã desta sexta-feira (29), fiscais da Prefeitura de Laguna, no Sul do estado, começaram a retirar hóspedes de um hotel na Praia do Mar Grosso, que foi interditado na quinta (28). Os portões principais já foram lacrados, informou o secretário municipal de Planejamento, Rodolfo Godinho.

Problemas com esgoto resultaram na interdição do Ravena, um dos hotéis mais tradicionais de Laguna. Segundo a prefeitura, o estabelecimento tem causado poluição, porque o esgoto produzido pelo hotel cai na rede pluvial. Uma ligação de esgoto clandestina foi lacrada.

"O hotel não está ligada na rede da Casan [Companhia Catarinense de Águas e Saneamento] e faz a captação da água de um poço próximo a um esgoto. A interdição é uma medida preventiva devido ao risco de contaminação", disse o secretário. A preocupação era, principalmente, na água usada para fazer a comida servida aos hóspedes.

Além disso, o licenciamento ambiental venceu em julho de 2014. "Eles entraram com pedido de renovação, mas não deram andamento ao processo", explicou Caroline Garcia Kons, da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama).

Retirada dos hóspedes

Venceu às 10h37 desta sexta-feira (29) o prazo de saída voluntária dos hóspedes. Após esse horário, a fiscalização fez vistorias e começou a lacrar o estabelecimento, afirmou o secretário. "Já lacramos os portões principais do hotel", disse. Às 18h seria feita nova vistoria, quando fiscais deveriam confirmar a total desocupação do hotel e lacrar todas as portas externas.

Com a ajuda do gerente do hotel, os hóspedes começara a ser realocados em outros estabelecimentos da cidade.

A Polícia Militar foi chamada para auxiliar na saída dos turistas, a maioria deles formada por argentinos e uruguaios, segundo a prefeitura. Cerca de 50% dos hóspedes haviam deixado o hotel até as 14h30. Outra parte havia saído para fazer passeios turísticos e deveria retornar às 17h.

Reincidência

Segundo o secretário, há cerca de três anos já havia uma medida judicial por crime ambiental contra o hotel e o estabelecimento é "reincidente" na infração.

Nesta sexta, o hotel também recebeu auto de infração por descumprimento, pois, depois da interdição, continuou funcionando, disse Caroline Kons.

Com informações do G1 SC