Geral

Hospital de Jaguaruna pode fechar as portas por causa de dívida de R$ 3 milhões

Sem repasses do governo e com uma dívida milionária, a unidade encontra dificuldades em manter o atendimento

A situação do Hospital de Caridade de Jaguaruna (HCJ) segue indefinida. A dívida, hoje, beira os R$ 3,2 milhões e não há previsão de quando o problema irá se resolver. Hoje a unidade de saúde atende pacientes em 34 leitos, número pequeno para a grande demanda.

O HCJ é essencial para Jaguaruna e Sangão. Hoje, o hospital segue sobrevivendo somente com o repasse de R$ 55 mil ao mês da prefeitura e R$ 5 mil da gestão sangãoense. Além disso, o recebimento das autorizações de internação hospitalar (AIHs) e dos boletins de produção ambulatorial (BPAs) é feito pelo governo do estado.

De acordo com a diretoria da instituição, Ozaida de Carvalho, a estrutura é adequada, mas não supri toda a necessidade. Existe um projeto de ampliação para 50 leitos. “Vivenciamos uma situação desoladora. Continuamos sem as verbas para realizarmos as melhorias necessárias dentro. É preciso que as autoridades olhem com mais carinho para o nosso hospital, caso contrário, fecharemos as portas”, prevê Ozaida.

Outro auxílio monetário feito ao hospital vem de empresas e comunidade. Ainda é pouco. Em visita do secretário estadual adjunto de saúde, Acélio Casagrande, a diretoria do hospital encaminhou uma série de pedidos ao governo, entre verbas e equipamentos, para sustentar a unidade. “Temos estrutura, mas, é pouco como em outros hospitais da região”, avalia Ozaida.

Um estudo atual sobre a situação do HCJ será feito pela secretaria de saúde do estado, justamente para dar uma solução ao problema. De acordo com Acélio, as melhorias são essenciais devido ao aumento do número de pacientes, especialmente no verão com a chegada dos turistas.

Equipamentos são viabilizados

O projeto de ampliação de equipamentos é viabilizado pela secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão, desde junho. De acordo com o gestor da pasta, Estêner Soratto Júnior, a questão já foi aprovada pelo conselho. “Agora é feita a verificação dos equipamentos para apontar se eles são de origem nacional ou importada. Caso seja de origem estrangeira, não poderemos fazer a aquisição dos produtos”, explica Estêner.

O recurso ainda não está garantido com o governo do estado, mas já foi buscado. “Não podemos precisar quando isso irá ocorrer, mas esperamos que até o fim deste ano entregaremos estes equipamentos”, pretende Soratto.