Foto: Reprodução Facebook
Desde o último sábado uma polêmica envolvendo a instalação do parque de diversões Tupã, em Criciúma, movimenta as redes sociais. Toda a estrutura do parque foi montada na Avenida Centenário, no Bairro Pinheirinho, e começou a funcionar na última sexta-feira, porém desde o domingo os portões estão fechados para visitantes. O fechamento do parque aconteceu por conta de uma notificação enviada ao proprietário, André Martins, pela prefeitura de Criciúma, que informou que, de acordo com o Novo Plano Diretor, não é permitida a instalação de parques no perímetro urbano da cidade. Ainda na manhã desta segunda-feira Martins esteve em reunião na prefeitura. “Fomos informados que o Plano Diretor restringe a instalação do parque naquela zona. Apesar de não concordar, nós respeitamos esse posicionamento. Ainda estamos definindo se iremos acatar a ordem ou procurar outros meio judiciais para abrir as portas. É uma grande pena. No início da tarde é possível que tenhamos uma resposta”, afirmou.
Na sexta-feira a página oficial do parque publicou a seguinte mensagem na rede social Facebook:
"Prezados Clientes Existe uma Lei Municipal que proíbe a Instalação de Parque de Diversões em área urbana e nós não tínhamos conhecimento desta lei tentamos de todas as Formas convencer a Prefeitura estamos com a documentação toda em ordem liberados pelos Bombeiros , enfim tudo ! mas infelizmente teremos que desmontar segunda por causa desta lei! pedimos perdão aos nossos Clientes e a Todas as pessoas que nos receberam com tanto carinho Mas amanha é nosso ultimo dia em Criciúma!"
Tal publicação rendeu mais de 500 compartilhamentos e quase 1.500 comentários. Em geral, as manifestações consideram a proibição de funcionamento injusta e pedem que a prefeitura reconsidere a possibilidade de liberar a abertura do local.
Os comentários postados na página da rede social foram levados aos representantes da prefeitura como argumento para a liberação. Conforme a coordenadora da Defesa Civil de Criciúma, que participou da reunião durante a manhã, a decisão se trata de uma medida preventiva e não há possibilidade de ser repensada. “O motivo é apenas: resguardar a segurança. Se a lei não permite infelizmente não há nada que possamos fazer. Quem define o que vai para o Plano Diretor são os próprios cidadãos da cidade, buscando o melhor para ela. Qualquer estabelecimento que venha para um município precisa da liberação da prefeitura e no caso do parque a papelada foi encaminhada tardiamente. Este tipo de atividade só é permitida em área rural. No perímetro urbano é necessário passar por aprovação do conselho do Plano”, explica.
A notícia da irregularidade, de acordo com a coordenadora, já havia sido apresentada no início da semana aos responsáveis. “Na terça-feira, dia 28, o proprietário já havia sido notificado e a montagem estava quase pronta. Na sexta-feira o parque foi interditado e funcionou até o sábado. Se a consulta tivesse sido feita antes da instalação esse transtorno todo não seria necessário”, explica.
De acordo com Angela, a intenção do órgão municipal não é dificultar a vinda de estabelecimentos à cidade, porém é dever zelar pelo cumprimento das regras e, principalmente, pela segurança dos criciumenses. “O que a prefeitura quer é exclusivamente que seja cumprida a legislação para não colocar ninguém em risco. Se a lei não permite e órgãos como a Famcri e a Polícia Civil não aprovam, como vamos liberar? Sabemos que é um divertimento para a população e que se trata de um parque tradicional, porém não podemos fazer vista grossa para algo sem todos os alvarás”, completa.
O proprietário do parque descarta a possibilidade de mudar as instalações de local para se adequar às regras do município. Conforme Martins, o deslocamento é muito trabalhoso e demanda um esforço da equipe para readequar todo o equipamento, o que não seria vantajoso para a empresa. De Criciúma, a estrutura do Parque Tupã deve ser levada para o Paraná, onde funcionará na Muchen Fest em Ponta Grossa a partir do dia 28.
Com informações do site Clicatribuna