Esporte

Julgamento de Neymar: Ministério Público retira acusação contra todos os réus

Neymar Jr e estafe enfrentam julgamento sobre suposta fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013

Julgamento poderia tirar Neymar da Copa, caso o jogador fosse condenado – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Reviravolta no julgamento de Neymar Júnior, na Espanha. A promotoria retirou nesta sexta-feira (28) todas as acusações contra o jogador, acusado de fraude e corrupção. A decisão inclui todos os outros envolvidos. São eles o Santos, Neymar pai, a empresa dele e Odílio Rodrigues, que na época era presidente do Peixe.

O julgamento trata de supostas irregularidades na transferência de Neymar para o Barcelona, em 2013. De acordo com a promotoria, o caso está todo “baseado em presunções, não em provas”.

A medida foi tomada logo após depoimento do ex-presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, que negou participação nas negociações para contratar Neymar. Até então, a promotoria pedia 10 milhões de euros – em torno de R$ 53 milhões -, além de dois anos de prisão para o jogador brasileiro.

Relembre o caso

O caso começou com a denúncia feita pelo grupo DIS Esporte e Organização de Eventos LTDA. É um fundo de investimentos privados no futebol, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador, em 2009, mesmo antes de Neymar virar profissional. De acordo com o grupo, Barcelona e Santos – em conluio do jogador e da sua família -, acordaram um preço inferior ao que foi efetivamente pago na ida de Neymar para o Barcelona.

A redução teria resultado em 25 milhões de euros a menos na parte que deveria corresponder ao grupo. Algo em torno de R$ 130 milhões em moeda atualizada.

Com a intervenção do procurador, a sessão terminou nesta sexta-feira, mas o julgamento voltará na próxima segunda (31). Será quando as partes – incluindo o Ministério Público – apresentarão os seus relatórios finais. A DIS, no entanto, terá a possibilidade de exercer o direito à última palavra, antes de o julgamento ser encaminhado para a sentença.

Via ND+