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Justiça garante direito de Rogério Cizeski retornar à Criciúma Construções

Empresário voltará, mas com gestão participativa, sem atos de gestão. “Muito contente em poder contribuir”, afirma ele.

Foto: Divulgação

O empresário Rogério Cizeski garantiu na Justiça o direito de poder acompanhar de perto e ter acesso ao trabalho que vem sendo feito de recuperação judicial da Criciúma Construção, dentre ainda as outras empresas. Ele participa das ações, mas não tem poder de decisão como dos demais gestores da recuperação.

“Vou acompanhar, retornar, ter acesso e ajudar a contribuir. Hoje faz 34 meses e um dia que fui afastado da empresa e recebo a notícia com muita alegria por poder ajudar a resolver o problema gerado por conta da crise. Não foi fácil, não estava previsto, mas foi algo que aconteceu e temos que seguir em frente. Vou poder ajudar e muito. Fizeram um trabalho muito bom”, disse, se referindo ao processo de recuperação judicial.

Em maio de 2014, o Ministério Público (MP) instaurou inquérito civil e procedimento investigatório criminal para apurar atos em tese ilícitos praticados na administração da grande empresa de construção civil que, na época, estava inadimplente com 8,8 mil consumidores de várias regiões de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul, uma vez que os empreendimentos lançados e comercializados por ela estavam todos atrasados ou paralisados.

A partir dessa apuração, o MP ajuizou 28 ações civis públicas visando proteger os direitos dos milhares de consumidores lesados.

Dessas ações, 17 foram ajuizadas na Comarca de Criciúma, uma em Forquilhinha, duas em Chapecó, sete em Jaraguá do Sul e uma em Joinville, segundo o MP.

Paralelamente à atuação na área cível, o MP deflagrou investigação criminal para apurar a responsabilidade dos dirigentes da empresa em relação às supostas práticas ilícitas.

A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi desencadeada em 23 de abril de 2015. Cizeski chegou a ficar algumas semanas recluso no Presídio Santa Augusta.

O processo criminal segue tramitando.

Já ao longo do processo de recuperação judicial, a empresa ganhou fôlego com garantias tanto aos clientes quanto aos funcionários da empresa.

Com informações da Rádio Hulha Negra