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Mais um frigorífico da região é habilitado a exportar carne para o Japão

Com exportações permitidas desde maio, agora a cidade de Grão-Pará também integra a lista dos japoneses

O governo japonês habilitou mais um frigorífico catarinense a exportar carne suína para o país: o Catarinense, de Grão-Pará. Agora, Santa Catarina possui nove estabelecimentos habilitados a exportar carne suína para o Japão.

De acordo com o secretário de estado da agricultura, João Rodrigues, essa era uma notícia aguardada ansiada pelo estado e que demonstra a qualidade do agronegócio catarinense. “Historicamente, os japoneses só importavam carne suína quando todo o país de origem possuía o status de área livre de aftosa sem vacinação, mas foi aberta uma exceção para Santa Catarina pela qualidade do nosso trabalho sanitário, afinal, somos o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação”, lembra.

Em agosto, chegou ao Japão o primeiro container carregado de carne suína procedente do estado. A entrada do alimento foi autorizada pelo governo japonês em maio deste ano. Em junho, o governador Raimundo Colombo, o secretário João Rodrigues e uma comitiva de deputados e empresários catarinenses estiveram em Tóquio para oficializar a parceria.

O Brasil terá que disputar o fornecimento para o mercado japonês, hoje abastecido por Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.

Maiores produtores

Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas por ano no estado, o mercado internacional consome cerca de 180 mil toneladas.

O Japão é o maior importador de carne suína do mundo, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano, no entanto, as aquisições de carne suína congelada somam 800 mil toneladas. A expectativa do governo do estado é de que, em uma primeira etapa, Santa Catarina responda por 10% do mercado de carne suína congelada, ou seja, cerca de 80 mil toneladas. O montante representaria um ganho da ordem de 45% nos embarques de carne suína catarinense para o exterior.