Educação

Manifestação de estudantes invade ruas de Orleans

Mais de 200 estudantes demonstraram o descontentamento com a aplicação da Lei Complementar do Governo do Estado

Mais de 200 estudantes das E.E.B Toneza Cascaes, Samuel Sandrini e Costa Carneiro tomaram as ruas na manhã desta sexta-feira (3) em Orleans. Com cartazes, tambores, cornetas e palavras de ordem, demonstraram o descontentamento com a aplicação da Lei Complementar 170/98 que visa, entre outras ações, readequar o número de estudantes nas salas de aula da rede estadual de ensino.

Segundo os educadores e estudantes, o ensino médio seria o principal afetado. Com a mudança, cada sala comportaria cerca de 40 alunos.

Em entrevista a Rádio Guarujá na manhã de hoje, os estudantes ameaçaram paralisar suas atividades. Ou seja: não comparecerem mais as aulas caso as mudanças sejam realizadas nas escolas de Orleans.

" Se nas salas de aulas realizarem estas mudanças, já concordamos em interromper nossa presença ás aulas. Queremos educação de qualidade. Essa forma de economizar reduzindo o espaço com compra de mesas menores e aumentando a quantidade de alunos, não será admitido", ressalta a estudante e uma das organizadoras do manifesto Bruna Fachin.

Quanto aos educadores, o ensino ficaria prejudicado. "Não temos condições de lecionar em uma sala de aula apertada. impossível. É justa esta manifestação e apoiamos os alunos no manifesto", afirma o professor Fernando Camilo.

Já o secretário estadual de educação, Eduardo Deschamps, também falou a Guarujá na manhã de hoje (03) e ressaltou que as mudanças acontecerão com exceções. " Um levantamento do espaço físico das salas de aulas será realizado no próximos dias com a Gerência Regional de Educação. Mas a lei é essa e deve ser cumprida. Caso a estrutura física comportar 40 alunos, serão colocados os 40", pontua o secretário.

O manifesto da manhã de hoje percorreu as principais ruas do centro de Orleans finalizando na E.E.B Samuel Sandrini. Após o ato, os alunos foram liberados para as suas casas.

Colaboração: Adriano Ghellere – Jornalismo Guarujá