Saúde

Medicamento que aumenta cura da hepatite C em 90% chega a Içara

Foto: Tânia Giusti

Foto: Tânia Giusti

Uma nova chance de cura está à disposição dos pacientes içarenses portadores da hepatite C. Chegou à cidade nessa quinta-feira, dia 12, a primeira leva de medicamentos importados para tratamento da doença. Toda a medicação, que custa R$ 70 mil por paciente, é custeada pelo Governo Federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A liberação final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Sofosbuvir e Daclatasvir, ocorreu em julho deste ano. Entretanto, antes dos remédios chegarem as Prefeituras, as equipes de cada município passaram por treinamentos. “Em outubro, participamos de uma formação em Florianópolis, onde recebemos todas as orientações necessárias sobre o tratamento dessa nova medicação”, esclarece a médica infectologista responsável pelo Programa de Hepatites de Içara, Mônica Anselmo Junkes Antero.

Segundo ela, os pacientes contemplados serão os que estão com um grau avançado de fibrose e os que não tenham respondido aos tratamentos anteriores. “Esses são os critérios de avaliação. A medicação é solicitada mediante processo, e leva cerca de um mês para chegar. Entre os principais benefícios estão as chances de cura, que aumentam para 90%. Com o tratamento antigo era de 60%”, informa.

Além disso, os efeitos colaterais dos novos medicamentos, que são administrados oralmente, são mínimos, comparados aos anteriores. “Antes, o paciente precisava tomar injeções semanalmente, no período de um ano. Agora o tratamento dura de três a seis meses, dependendo do caso”, completa a médica.

Para o secretário de Saúde Lauro Nogueira, a viabilidade de oferecer este tratamento só foi possível, devido ao trabalho de pesquisa e entrosamento realizado pela médica Mônica. “Ela trabalha exclusivamente com esses pacientes e suas famílias, e eles têm um ótimo relacionamento. Foi em meio a essas conversas e abordagens que surgiu a necessidade de buscar outras formas de tratamento. Somos gratos ao trabalho prestado por toda a equipe do Programa. Hoje somos referência no Estado em tratamento e atendimento na área”, frisa Nogueira.

Colaboração: Tânia Giusti