Trabalhadores percorreram ruas do Centro na tarde desta terça-feira (20). Audiência no Ministério Público do Trabalho tentou acordo.
Mineiros protestam na tarde desta terça-feira (20) no Centro de Criciúma, Sul do estado. Eles estão com salários atrasados há oito meses, conforme o Ministério Público do Trabalho (MPT-SC). Uma audiência em Florianópolis na segunda (19) tentou um acordo para o pagamento das dívidas trabalhistas, mas não houve entendimento entre as partes.
De acordo com o Sindicato dos Mineiros de Criciúma, o protesto começou às 13h na sede da entidade. Entre 350 e 400 trabalhadores participavam durante a tarde, informou o presidente do sindicato, Djonatan Elias. Eles reivindicam os salários atrasados dos mineiros da empresa Cooperminas.
Primeiramente, eles seguiram para o terminal de ônibus, que ficou fechado por cerca de 15 minutos, segundo a RBS TV. Depois, foram para a Avenida Centenário e caminharam até a sede do sindicato patronal, que recebeu o presidente do sindicato dos mineiros para uma reunião. Até as 18h o encontro não havia terminado.
Situação da Cooperminas e acordo sugerido
A Cooperminas deve cerca de R$ 10 milhões em dívidas trabalhistas, segundo o procurador do trabalho Sandro Eduardo Sardá. A cooperativa também deve ao INSS e a fornecedores. Entre 300 e 400 mineiros estão com salários atrasados, segundo o MPT-SC.
No final do ano passado, encerrou-se o contrato da Cooperminas com a Engie, empresa que adquiria carvão da carbonífera. Em janeiro deste ano, a Engie fez contratos com outras seis carboníferas da região, mas não renovou com a cooperativa.
Pelo acordo proposto, as seis mineradoras abririam mão de 15 mil toneladas de carvão no total, de modo que a Engie tivesse que comprar da Cooperminas. O dinheiro da venda seria depositado em uma conta separada, destinada ao pagamento das dívidas trabalhistas.
Além disso, seria colocado um administrador judicial para administrar a cooperativa por pelo menos oito meses.
Conforme o termo de audiência do MPT-SC, o acordo foi aceito pela Engie, pelos trabalhadores e pela Cooperminas, porém "o sindicato patronal não concordou com a repactuação das cotas do carvão que seriam necessárias; que o sindicato informou que, com a repactuação, cada umas das carboníferas perderia em torno de 7,5% de recursos oriundos da venda do carvão; que em face a negativa do sindicato patronal, o entabulamento do acordo não foi viabilizado".
Com informações do site G1/SC