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Mineiros demitidos pedem cesta básica em praça pública

Foto: Sindicato de Mineiros de Forquilha/Divulgação

Foto: Sindicato de Mineiros de Forquilha/Divulgação

Mineiros de uma carbonífera de Criciúma, no Sul do estado, passaram a quarta-feira (18) no Centro da cidade arrecadando cestas básicas. Eles dizem que cerca de 700 famílias estão passando necessidade por causa de salários atrasados ou por terem sido demitidos sem pagamento de direitos trabalhistas.

Conforme o Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, 300  funcionários foram demitidos da empresa desde janeiro e não receberam o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Outros 400, ainda empregados, estão com os salários relativos a setembro e outubro atrasados.

"Tem trabalhador sem luz em casa, porque não tem como pagar. Outros têm famílias grandes, com até três filhos, e não têm como comprar comida para todos. Vamos solicitar cestas básicas para tentar amenizar um pouco a situação, mas precisamos do pagamento imediato", diz o presidente do sindicato, Fernando Mauricio Nunes.

Durante a tarde, ocorreu uma assembleia de trabalhadores. Um grupo de 50 pessoas foi até a Justiça do Trabalho da cidade para pressionar pela liberação de recisões. "Nós pedimos para agilizar o pagamento de benefícios, houve o bloqueio de bens da empresa mas ninguém recebeu", conta Nunes.

O presidente da empresa, Alfredo Gazzola, diz que a exaustão da mina é o principal fator para a falta de pagamento. "Nós sempre tivemos os pagamentos em dia, mas com o esgotamento técnico da mina foi preciso rever o planejamento. As indenizações e pagamentos serão feitos o mais breve possível", disse Gazzola, sem especificar datas.

Com um contrato de compra e venda feito pela carbonífera com outras empresas, carvão e moinha (uma espécie de pó de carvão) estão sendo retirados da mina por outras carboníferas. Uma medida cautelar pede o bloqueio dessa retirada. Segundo o sindicato, caso a própria carbonífera fizesse essa extração, poderia ter feito um caixa para pagar os funcionários.

Na última quinta-feira (12), segundo o sindicato, cerca de 250 pessoas participaram de uma passeata pelas ruas do Centro de Criciúma. Eles também pararam em frente à Justiça do Trabalho, onde pediram que a instituição dê atenção às reivindicações da categoria.

Com informações do site G1 SC