Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna
Protestando contra o descumprimento de acordo judicial indenizatório e os atrasos em salários e direitos trabalhistas, ex e também atuais funcionários da Carbonífera Criciúma uniram-se em protesto nesta manhã de sábado, 7. Munidos de cartazes, microfones e apitos, aproximadamente 300 mineiros tiveram como ponto inicial o Sindicato dos Ceramistas, muitos acompanhados de esposas e filhos.
Os trabalhadores seguiram até em frente ao prédio no qual reside um dos proprietários da carbonífera, onde fizeram uma paralisação. A mobilização continuou até a Praça Nereu Ramos, seguindo novamente ao sindicato.Anteriormente, uma assembleia reunindo a categoria trabalhista foi realizada para definir os próximos passos em busca dessas reivindicações. Conforme o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Fernando Nunes, 300 funcionários da empresa foram demitidos, do qual, 212 deles fizeram um acordo judicial que não teria sido cumprido pela carbonífera.
O tratado foi realizado em junho e definia pagamento em 10x dentro de quatro meses. “Era para começar a ser pago em 20 de outubro, mas isso não aconteceu. O FGTS faz um ano que não é depositado, INSS também, desde outubro do ano passado”, esclarece Nunes.A situação de atrasos de pagamento ocorre também com aqueles que ainda estão no quadro de funcionários da carbonífera. Em assembleia, inclusive mulheres de trabalhadores usaram o espaço para convocar a classe para a luta pelos direitos.
“A justiça não deu bloqueio de bens favorável para os trabalhadores. Foi pedido um plano de demissão e a estratégia da empresa foi fazer este acordo. Quem gera a riqueza são os mineiros, que ainda precisam sustentar suas famílias. Temos que pressionar as mineradoras e todo setor de carvão, mostrar para a sociedade o que acontece”, diz.
Com informações do Portal Clicatribuna
