Acordo está mantido enquanto MPT não retornar do recesso de fim de ano.
Foto: Denise de Medeiros/RBS TV
O ano terminou com uma notícia positiva para centenas de mineiros da Cooperminas, em Criciúma. Nesta semana, as carboníferas se comprometeram a comprar o estoque de carvão da cooperativa e manter os insumos, informou o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Djonatan Elias. O acordo foi mediado pelo sindicato das empresas de carvão.
Com salários atrasados há oito meses, os mineiros receberam na quinta-feira (22) o pagamento cheio do mês de dezembro. Ainda faltam sete meses de salário e o 13º. "Foi positivo, até então não tínhamos nada", disse Elias. Ele ressalta que agora caberá às áreas administrativas das mineradoras negociar os valores da venda.
Há quase um mês parada, a cooperativa tem pouco mais de 3 mil toneladas de carvão estocado. A negociação desse carvão garante que a Cooperminas não pare em dezembro e possivelmente janeiro.
Conforme informou o sindicato das empresas de carvão à RBS TV, esse acordo está mantido enquanto o Ministério Público do Trabalho não retornar do recesso de fim de ano. Quando isso ocorrer, deverá haver nova conversa com os mineiros para ver novas alternativas de venda do carvão.
Situação da Cooperminas e acordo sugerido
A Cooperminas deve cerca de R$ 10 milhões em dívidas trabalhistas, segundo o procurador do trabalho Sandro Eduardo Sardá. A cooperativa também deve ao INSS e a fornecedores. Entre 300 e 400 mineiros estão com salários atrasados, segundo o MPT-SC.
No final do ano passado, encerrou-se o contrato da Cooperminas com uma empresa que adquiria carvão da carbonífera. Em janeiro deste ano, a empresa fez contratos com outras seis carboníferas da região, mas não renovou com a cooperativa.
Na terça-feira (20), centenas de mineiros da cooperativa protestaram no Centro de Criciúma. O terminal de ônibus ficou fechado por cerca de 15 minutos.
Com informações do site G1 SC