Economia

Na contramão da crise, cidades da Amurel geram empregos

Foto: Divulgação / DS

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Pelo terceiro mês seguido e fechando o primeiro trimestre com dados positivos na geração de empregos, Tubarão contrariou a tendência nacional e fechou o período com 751 admissões a mais que demissões, conforme os dados divulgados na sexta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Na região da Amurel, muitos municípios também tiveram um trimestre com vagas geradas.

Dos 18 municípios da região, 13 fecharam o semestre com saldo positivo na geração de vagas, ou seja, mais contratações que dispensas, e cinco tiveram saldo negativo. No caso de Tubarão, o trimestre teve o bom desempenho puxado pelos setores de serviços, que contratou 628 funcionários a mais do que dispensou, construção civil (87) e comércio (21). A indústria ficou com saldo negativo, tendo demitido 21 empregados a mais do que admitiu.

No mês de março, foram 268 empregos gerados na Cidade Azul. Os setores que mais contrataram além das dispensas foram serviços (184), comércio (108) e construção (34). Acompanhando o cenário do trimestre, a indústria teve saldo negativo (-65).

Na comparação com o ano passado, no trimestre, a geração de empregos em Tubarão mais que dobrou. Nos três primeiros meses de 2015, a Cidade Azul teve 334 admissões a mais que demissões. Já na comparação com março de 2015, também houve melhora, pois naquele ano o período teve 55 dispensas a mais que contratações.

Após Tubarão, que foi a cidade com o melhor desempenho da região no trimestre, Braço do Norte teve a melhor geração de empregos do trimestre na Amurel. Foram 313 admissões a mais que dispensas no município. Em seguida, Capivari de Baixo aparece, com 167 empregos gerados.

Imbituba e Laguna

Imbituba e Laguna foram as cidades que tiveram os piores desempenhos da Amurel no primeiro trimestre de 2016. Imbituba, que no ano passado manteve bom desempenho enquanto várias cidades amargavam quedas na geração de emprego, perdeu 111 vagas nos três primeiros meses do ano.

O comércio (-95) e a indústria (-22) foram os setores que mais dispensaram além do que contrataram. Quando comparado ao ano passado, porém, o resultado não é tão ruim. No mesmo período de 2015, 97 empregos foram perdidos na cidade, que depois teve recuperação em alguns meses. Já Laguna teve 94 dispensas a mais que admissões, mas o resultado foi de recuperação na comparação com 2015, quando o primeiro trimestre do ano teve 389 vagas fechadas na Cidade Juliana.

Brasil fecha 118.776 postos de trabalho

O Brasil teve a maior perda de vagas formais para meses de março em 25 anos, segundo os dados do MTE. No mês passado, o país fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada.
Nos últimos 12 meses, já foram suprimidas 1.853.076 vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. A exceção foi a administração pública, com 4,3 mil vagas a mais no mês.

O comércio e a indústria de transformação fecharam o maior número de vagas, respectivamente 41.978 e 24.856. Em terceiro lugar vem a construção civil, com supressão de 24.184 vagas.

Os Estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram São Paulo (-32.616 vagas), Rio de Janeiro (-13.741) e Pernambuco (-11.383). Apenas quatro Estados contrataram mais que demitiram: Rio Grande do Sul (4.803 vagas criadas), Goiás (3.331), Roraima (220) e Mato Grosso do Sul (187 postos criados).

Com informações do site Diário do Sul