Saúde

No Rio, Queiroga anuncia nova tecnologia para cirurgia cardíaca no SUS

Procedimento de substituição da válvula aórtica ficou conhecido em 2019, após ter sido executado no cantor Mick Jagger

Foto: Pexel

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nessa quinta-feira (13/10) a incorporação de uma nova tecnologia para o tratamento de pacientes com estenose aórtica no Sistema Único de Saúde (SUS). O implante de válvula aórtica transcateter (Tavi, na sigla em inglês), é um procedimento minimamente invasivo, que possibilita a substituição da válvula aórtica sem a necessidade de cirurgia com abertura do peito do paciente.

O procedimento ficou conhecido em 2019, após ter sido executado no cantor Mick Jagger, líder da banda Rolling Stones. No Brasil, ele foi aprovado em 2009 e entrou para o hall de procedimentos cobertos pelos planos de saúde em 2021. Anteriormente, a única maneira de salvar a vida de pessoas acometidas com estenose aórtica era por meio de uma cirurgia longa e altamente arriscada para os pacientes, que são predominantemente idosos.

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A portaria passará a valer até 180 dias após a assinatura e publicação no Diário Oficial da União (DOU), que deve ocorrer nos próximos dias, segundo informou Queiroga na cerimônia de abertura do 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que acontece no Rio de Janeiro.

Estenose aórtica
Estima-se que 5% da população mundial acima de 75 anos tenha estenose aórtica. O avanço da idade é o principal fator de risco e está relacionado ao nível de gravidade, bem como o histórico de cirurgias cardíacas.

A doença é caracterizada pelo estreitamento progressivo da via de saída do sangue bombeado pelo coração para todo o corpo, causando a redução do fluxo sanguíneo e, consequentemente, o aumento da pressão cardíaca. A combinação pode levar à morte súbita quando não tratada corretamente.

Com o avanço da idade, a válvula aórtica, responsável por controlar a liberação de sangue para todo o corpo, pode tornar-se espessada e calcificada — o processo causa redução na sua mobilidade e dificulta a ejeção e circulação do sangue.

A taxa de mortalidade pode chegar a 50% após o surgimento dos primeiros sintomas, que incluem falta de ar, cansaço, dor no peito, tontura e tornozelos inchados. Os pacientes podem sofrer ainda com crises de arritmia ou desmaios, em casos menos comuns.

Via Metrópoles