Geral

Obra de pavimentação da Rodovia Serramar ficará quase R$ 5 milhões mais cara

O pedido de aditivo foi motivado por erros no projeto de engenharia

É esperada para breve a resposta de uma comissão do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) quanto ao pedido de aditivo de prazo e recursos para a continuidade da pavimentação da SC-390 (antiga SC-382), entre Orleans e Pedras Grandes.

Vital para o escoamento da produção agrícola da região e parte essencial no projeto turístico Serramar, serão necessários pelo menos mais R$ 4,854 mihões para finalizar o projeto.

Este recurso é referente ao máximo permitido por lei, que é de 25% do valor orçado. O motivo para a dispensa de milhões a mais? Erro no projeto de engenharia.

A aplicação do asfalto, por exemplo, seria feita de forma linear com todas as etapas anteriores à malha, o que não confere a mínima qualidade na obra. Com a modificação disso, todos os bueiros também precisarão ser redimensionados.

“As duas pontes que hoje estão em obras também tiveram que ser readequadas, pois foram projetadas para suportar apenas 30 toneladas de peso. A demanda na região exige mais. Passamos para 45 toneladas”, especificou o fiscal da regional do Deinfra em Tubarão, engenheiro civil Vilson Giassi, à reportgem do Jornal Notisul.

Com isso, é bem possível que as obras não fiquem prontas neste ano. A etapa de terraplanagem, uma das mais demoradas, parou de ser feita em novembro do ano passado.

Mesmo com toda a dificuldade, o consórcio Castellar/Técnica Viária mantém duas equipes de atuação. Uma trabalha na execução da ponte de 120 metros sobre o Rio Tubarão, na divisa entre Pedras Grandes e Orleans.

A outra é responsável pela construção da nova ponte, de 18 metros, sobre o Rio Belo, próxima da entrada de Orleans, logo após o fim do asfalto. Mais de R$ 1 milhão do aditivo será aplicada nas duas travessias, já que o projeto de engenharia das passagens também precisou ser modificado.

Mais de R$ 1,3 milhão em indenizações

Um dos pontos que também emperrava a continuidade das obras, ainda que não adiantasse ter solução tão breve como se imaginava, era a desapropriação de várias casas ao longo da SC-390, entre Pedras Grandes e Orleans.

Até este mês, conforme o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), 23 casas foram desapropriadas na região de Pindotiba, em Orleans – 21 foram pagas, investimento de R$ 1,3 milhão. Duas famílias estão em processo de receber.
Antes disso, quatro famílias da mesma comunidade já tinham se mudado e as residências retiradas. Neste caso, foram aplicados aproximadamente R$ 500 mil.

Com isso, até o momento, o governo do estado investiu em torno de R$ 1,8 milhão somente em desapropriações. E este trabalho ainda não terminou. Restam mais algumas casas para ser demolidas entre a Pindotiba e Pedras Grandes e alguns terrenos também estão na ‘fila da indenização’.

“O levantamento de tudo que precisa ser pago para os moradores afetados com a obra está pronto. O pagamento começa a ser feito em breve. O processo é um pouco lento mesmo, mas o recurso está assegurado”, informa o fiscal da regional do Deinfra em Tubarão, engenheiro civil Vilson Giassi.

O atraso no pagamento das indenizações foi motivado especialmente pelo contingenciamento de despesas por parte do governo estadual, no fim do ano passado.

Além desta etapa, o Deinfra ainda tem outras duas pendências. Uma delas é o corte de algumas árvores, ação que necessita de expedição de licenças ambientais. O outro é o recuo de 500 metros de postes pela Cooperativa de Energia Elétrica de Treze de Maio (Coorsel).