Segurança

Ocorre nesta quarta o júri da mulher que assassinou marido

Foto: Talise Freitas/Clicatribuna

Foto: Talise Freitas/Clicatribuna

Nesta quarta-feira (22), a acusada I.T.B., 56 anos, senta no banco dos réus no Salão do Júri, em Criciúma. A mulher, acusada de assassinar o marido, na época com 55 anos, com golpes de marreta e com uma facada no pescoço no início do ano passado, enfrenta o júri popular.

O julgamento deve ocorrer o dia todo, com previsão de término, para, no mínimo, final da tarde. Serão dez testemunhas.

O júri já foi adiado duas vezes somente este ano. A mulher segue reclusa desde o dia do crime, em 3 de janeiro do ano passado, no Presídio Santa Augusta.

Segundo o site Clicatribuna, ela foi flagrada por militares do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) no momento em que escondia o corpo no início da madrugada no Bairro Santa Luzia, em Criciúma.

Confissão no processo

"naquele dia ele chegou em casa perto da 12:00 e não era dia de trabalhar com a banda fiz o que tinha que fazer em casa, tomei meu remédio, chegou com o carro me xingando dizendo que ia arruma outra mulher, não deixava mais chegar ali, não deixava ver meus filhos, meus netos, normalmente ficava sozinha, ele não parava em casa, me agrediu, ele chegou agressivo, me empurrou, a primeira coisa que peguei na mão eu di nele, caiu perto do sofá; na mesma hora me desesperei; tava calma por causa da medicação, ele acordou ajudei a botar ele deitado no banco de trás do carro; todos os vizinhos tavam na praia; saí de casa para levar ele para o hospital; no sair de minha casa sou obrigada a fazer a rótula, quando chego perto da rótula ele levanta começa a me xingar e me pega pelos cabelos, me ameaçando, eu vou te matar, vou matar teus filhos, netos, aí me desesperei, ao invés de fazer a rótula eu toquei para o aeroporto, daí eu fiz a manobra encima da pista; daí saí na porta e disse vou te deixar aqui e vai para casa da tua mãe, e vai lá e te vira, não quer acabar comigo? daí puxei ele para fora, ele enveredou para fora para porta da frente eu sabia que tinha uma faca, ele disse vou te matar, daí eu puxei ele e eu peguei a faca, então vai me matar, é tu ou eu, então vai ser tu; eu tava com o braço todo roxo de um dia antes ele ter me machucado, e eu estar aparentemente calma é por causa do medicamento; dei a marretada ele caiu no sofá e ficou desacordado, foi caminhando até o carro, deitei ele no carro; ele era mais forte; tava pensando em se separar, já tinha falado para ele; foi esta a marreta usada e a faca também; sabia que a faca tava no carro porque ele tinha deixado dentro do carro, ele tinha dito que ia botar a faca lá, porque vinha de madrugada, tinha uma defesa, sabia que ela tava aí; quando dei o golpe com a marreta dei o golpe de frente, a marreta tava encima da mesa; disse para ele ir embora e disse que não ia, quis me agredir de novo."