Saúde

Orleanense vira exemplo após adquirir hábitos saudáveis e mudar de vida

Após consultar um médico e não ficar satisfeita com seu quadro de saúde, Karla Cunha, de 54 anos, decidiu mudar de vida. Cinco anos depois, a orleanense garante que se sente muito melhor. Entre os hábitos que adquiriu e que pretende levar para o resto da vida, estão uma boa noite de sono, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. O resultado, conforme ela, são inúmeros.

“Além de emagrecer 20 quilos, minha pele, meus dentes, meu humor… Tudo mudou na minha vida. Não tomo remédio para nada. Faço de oito a dez exames anuais, completos, e meu médico diz que os resultados são de uma pessoa de vinte anos de idade”, conta. Antes de mudar de vida, a saúde era uma preocupação. “Fui ao cardiologista porque eu comecei a sentir dor de cabeça e estava com a pressão um pouco alta. Eu tenho um histórico familiar com problema cardíaco. Ele receitou um medicamento, mas para mim não foi satisfatório, eu queria mudar de vida. Em seis meses, eu voltei para o cardiologista e não precisei mais tomar remédio nenhum”, contou satisfeita.

O primeiro passo, segundo ela, foi iniciar uma atividade física. Karla conta que nunca foi sedentária, mas não era assídua. “Resolvi começar a fazer academia, musculação. Nos fins de semana, não tinha o que fazer porque a academia era só durante a semana. Então me aconselharam a fazer caminhada, mas sou hiperativa e não gostei. Pedi conselho novamente e foi aí que indicaram para fazer corrida, aí me encontrei. Eu conversava com um profissional para pegar orientações, buscava na internet planilhas sobre isso, estudava”. Além disso, iniciou também um acompanhamento com nutricionista para uma reeducação alimentar, que mantém desde então.

“Comecei a correr um, dois, três quilômetros, sempre intercalado com caminhada. Depois de um tempo, parei de caminhar. Quando vi, eu estava indo até a Taipa e voltando correndo, que dá 11 quilômetros. Foi então que comecei a gostar das competições e isso me empolgou. Na primeira, eu cheguei quase em último. Mas decidi participar com frequência e me preparei para isso. Foi muito bacana”. Atualmente, Karla já possui dez troféus e por volta de 40 medalhas. Entre elas, uma bastante especial. No último, ela participou da corrida mais tradicional da América Latina pela primeira vez: a São Silvestre, em São Paulo.

“A São Silvestre é muito bacana, são umas 30 mil pessoas, mais que o número de habitantes de Orleans. Digamos que é uma corrida social porque não dá para dar teu máximo, pois é muita gente”, contou. Após tanta mudança, a vontade que tem é de alertar para o maior número de pessoas possível sobre os benefícios de cuidar de si própria. “A corrida significa tudo pra mim. Comecei a correr aos 49, eu digo que eu perdi muito tempo. Por isso, gosto de levar essa mensagem para as pessoas. Quero provocar a mudança”, afirmou.

Karla atua na área da saúde. Enfermeira de profissão há 31 anos, atualmente, é também coordenadora e professora no curso de Enfermagem do Unibave. “Por isso, posso dizer que vivemos em uma geração sedentária, obesa e deseducada frente a uma qualidade de vida saudável. Os índices são alarmantes”, alertou ela. Apesar disso, Karla assume que não é uma tarefa fácil e que força de vontade é necessário. “Nosso corpo pede sofá, televisão e cama. Mas temos que lutar contra isso”.

É por isso que, conforme ela, as desculpas são tão comuns. “Tenho dois trabalhos, tenho a faculdade, que me toma bastante tempo, pois coordeno e dou aula no curso de Enfermagem, trago trabalho pra casa, e trabalho também com a Unidade de Suporte Avançado do Samu de Criciúma, que é um trabalho extremamente desgastante, pois lidamos com emergência e temos que estar preparados para qualquer tipo de situação. Vou iniciar o mestrado, mas, independente do que eu estiver fazendo, a corrida nunca será deixada de lado”, garantiu.

Para ela, o segredo é ter isso como um compromisso. “São apenas meia hora, quarenta minutos. Esse tempo, quando você está na frente da televisão, no celular ou computador passa muito rápido, então sempre dá para fazer. Qualidade de vida é fundamental. Isso não pode ser visto como algo a ser feito esporadicamente. Por se tratar de um compromisso, trabalho ou estudo, por exemplo, é necessário fazer diariamente. Assim como é necessário comer e dormir, é necessário se exercitar. Planejamento também é fundamental. Separe dias e horários na semana e tenha isso como um compromisso que não se pode deixar de fazer”, aconselhou.

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