Com a aproximação do Natal, muitos procuram economizar na hora de adquirir os presentes para a família e recorrem à internet. Apesar do preço atrativo, o consumidor deve ficar atento
Nos últimos anos, o número de compras feitas pela internet cresceu de forma exponencial no país. Atraídos pelos preços vantajosos e facilidades de pagamento, muitos consumidores acabam por optar por comprar uma diversidade de produtos através de lojas virtuais.
Com a aproximação do Natal, é bom ficar atento para não sair lesado e ficar sem o presente. Nos últimos meses, o Procon de Tubarão recebeu um volume significativo de reclamações sobre compras on-line.
Uma dos principais ocorrências é quanto a entrega do item comprado: ou não chega ou vem com defeito, por exemplo. A advogada e coordenadora do Procon, Reneuza Marinho Borba, destaca que, atualmente, a dificuldade em solucionar problemas com compras on-line é grande.
O principal motivo é a falta de uma legislação rigorosa e que regulamente regras claras para as lojas virtuais. “Infelizmente conseguimos solucionar poucos casos deste tipo. Na maioria das vezes o consumidor acaba por perder o dinheiro e o produto, porque não encontra os contatos necessários para solucionar a questão”, lamentou Reneuza, em entrevista ao Jornal Notisul.
É o caso de Murilo Barcelos Corrêa, de 29 anos. Ele pagou R$ 1,7 mil por um produto que não foi entregue. Seu dinheiro também não foi devolvido. “Cheguei a realizar um Boletim de Ocorrência, mas um tempo depois o site saiu do ar e não fui compensado. Hoje, continuo a usar a internet para comprar, mas com o dobro de atenção e somente em lojas confiáveis, com referência”, ensina Murilo.
Quem assume o risco é o consumidor
Para a coordenadora do Procon de Tubarão, Reneuza Marinho Borba, quem utiliza o cartão de crédito para efetuar compras em sites corre o risco de ser enganado pela loja. Isto porque o pagamento é feito antes do recebimento do item.
“O cuidado deve ser redobrado. Deve-se estar consciente de que o risco de compras on-line é grande. Deve-se, primeiro, investigar o site e os vendedores e, antes de qualquer coisa, tomar extremo cuidado ao repassar informações bancárias e pessoais”, adverte Reneuza.
