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Passeios de trem do Museu Ferroviário estão ameaçados por falta maquinistas

Com a modernidade, muitas profissões vão desaparecendo, como lanterninha de cinema, acendedor de lampião, datilógrafo. Também se somam a elas a de maquinista para Maria Fumaça. Em Tubarão, as máquinas pararam de ser usadas na década de 80, mas a profissão não desapareceu completamente no município. O Museu Ferroviário periodicamente realiza passeios de trem com essas locomotivas. Agora, enfrenta uma dificuldade: encontrar alguém que saiba operar.

O último maquinista do museu se desligou há alguns dias e os passeios programados para novembro, dezembro e janeiro estão ameaçados. A maioria das pessoas que tem capacidade para operar já está aposentada.

Hoje, na Ferrovia Tereza Cristina (FTC), as locomotivas são a diesel e têm um funcionamento diferente. De acordo com a técnica em museologia do Museu Ferroviário, Silvana Silva de Souza, esses maquinistas precisariam de um treinamento e também demoraria para ensinar alguém sem nenhum conhecimento sobre trens.

Para treinar alguém para operar um trem, são necessários pelo menos seis meses. De acordo com Silvana, os interessados precisam entender de física e de pressão. É necessário saber a quantidade exata de água e carvão. Para rodar uma locomotiva a vapor, são necessárias três pessoas: o maquinista, o foguista (que controla a fornalha) e o manobrador.

Silvana conta que desde que começaram os passeios, dez maquinistas já passaram pelo museu. O Museu Ferroviário organiza passeios para Imbituba e a região de Urussanga, possibilitando aos turistas conhecer as belezas de diversos municípios  da  região. 

Colaboração: Diário do Sul