Saúde

Piscina da Casa de Semiliberdade deixa moradores em alerta em Criciúma

Foto: Divulgação

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Um possível foco para a reprodução do mosquito Aedes Aegypit, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya, permanece alarmando moradores do Bairro Michel. Uma piscina nas dependências da Casa de Semiliberdade de Criciúma, mantida pelo Governo do Estado por meio do Multiplicando Talentos na Rua Almirante Barroso, chama atenção para um exemplo que deve seria ser dado pelos próprios órgãos públicos no combate ao mosquito.

Há mais de um mês a moradora do prédio ao lado do local, Ana Luiza Fernandes Machado Alves, informou parte da imprensa sobre o problema. Muito preocupada, a própria buscou conversar com os funcionários que atuam no imóvel para reverter o quadro. Mas, conforme a moradora, ela não teria sido bem recebida pela moça que lhe atendeu na ocasião. “Já fui três vezes ao local conversar com eles e o descaso foi muito grande. Este é um foco grande que está cada dia pior, com bastante sujeira porque a piscina está totalmente descoberta”, pondera.

Depois disso, Ana Luiza procurou pela Vigilância Epidemiológica do município, que também teria dado pouca resolutividade ao caso. “Eles falaram que haviam muitas denúncias e demanda e que estavam com poucas pessoas para fiscalizar. Até agora, nada foi feito”, diz. Em contato com a administração da Casa de Semiliberdade, a coordenadora do local, Graziela Meser, diz ser responsável pela manutenção da piscina, com intuito de evitar um criadouro.

“Toda vez que chove eu coloco água sanitária. Uma lona também foi posta, mas com a chuva ela acabou caindo. Seguimos as orientações do juiz e da Vigilância Sanitária”, explica. Quando questionada sobre a sujeira preta evidenciada por fotos, a coordenadora defende-se dizendo que a limpeza da piscina é realizada a cada 15 dias. “Nesse tempo, sempre acaba caindo alguma sujeira ali”, diz. Caso o local não seja devidamente cuidado ou tampado com  uma lona resistente, a moradora Ana Luiza diz  que realizará um abaixo para coletar assinaturas dos vizinhos e moradores próximos ao local.

Denúncias devem ser protocoladas

A reportagem do A Tribuna também buscou pela coordenadora do programa de dengue do município, Louise Romancini, para averiguar a procura por soluções. Em casos de possíveis focos, as denúncias são repassadas até ela para a fiscalização. Mas, de acordo com o endereço passado, a responsável diz não ter recebido nenhuma denúncia. “Nossa equipe não recebeu nada ainda. Nosso programa só fiscaliza aquilo que é protocolado através do telefone ou do site da ouvidoria, ou então pelo aplicativo Dengue SC. Mas, como ainda essa é uma ferramenta nova e diferente, ainda não estou conseguindo verificar por meio desse último. Por isso, se não tem protocolo nada será feito”.

Em contato com a ouvidoria do município, foi confirmado que a denúncia sobre a piscina chegou até o município. Mas, a moradora Ana Luiza confirmou não ter procurado registrar a denúncia junto ao setor.

Com informações do site Clicatribuna