Economia

Piso regional de SC é reajustado em reunião entre sindicatos e federações

Novas faixas variam entre R$ 1.078 e R$ 1.235. Acordo entre entidades será levado para sanção do governador.

Foto: Filipe Scotti

Em reunião na tarde desta quinta-feira (2) em Florianópolis, sindicatos e federações entraram em acordo para reajustar o piso regional catarinense. As novas faixas variam entre R$ 1.078 e R$ 1.235. Conforme publicado pelo G1SC, o acordo será levado para sanção do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).

Para a presidente da CUT-SC Anna Júlia Rodrigues, a negociação foi insatisfatória: “Se chegamos aos índices apresentados foi por insistência de algumas centrais que não abriram mão de seus princípios e não aceitaram negociar valores abaixo da inflação, mas congelamos em 2017 um processo estabelecido nos últimos anos, que foi de ganho real a cada negociação”, afirmou.

“Estivemos empenhados na busca de um acordo que fosse bom tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores. Temos orgulho do fato de que Santa Catarina também nessa questão foi pioneira e tem uma legislação inédita em relação a outros Estados”, disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrando que o governo está propondo a reforma trabalhista que tem como grande mérito a valorização da negociação. “Isso em Santa Catarina fazemos desde 2010, quando entrou em vigor o piso regional”, afirmou.

Do lado dos trabalhadores, participaram da reunião a Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Indústrias de Alimentação e afins do Estado de Santa Catarina (Fetiaesc), Força Sindical, Nova Central dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).

Pelo lado do setor empresarial, participaram a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) e Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (Fehosc).

Novos valores

Primeira faixa

Piso atual: R$ 1.009
Piso acordado: R$ 1.078
Trabalhadores: na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas e beneficiamento; em empresas de pesca e aquicultura; empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos; em estabelecimentos hípicos; e empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.

 

Segunda faixa
Piso atual: R$ 1.048
Piso acordado: R$ 1.119
Trabalhadores: nas indústrias do vestuário e calçado; nas indústrias de fiação e tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e nas indústrias do mobiliário.

 

Terceira faixa
Piso atual: R$ 1.104
Piso acordado: R$ 1.179
Trabalhadores: nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; e empregados de agentes autônomos do comércio.

 

Quarta faixa
Piso atual: R$ 1.158
Piso acordado: R$ 1.158
Trabalhadores: nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em estabelecimento de cultura; empregados em processamento de dados; empregados motoristas do transporte em geral; e empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.

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