Segurança

PM pede mobilização para vinda de 90 soldados

Foto: A Tribuna / Ulisses Job

Foto: A Tribuna / Ulisses Job

A  Polícia Militar busca, por meio de mobilização política e da comunidade, a vinda de ao menos 90 novos soldados para serem distribuídos na 6ª Região de PM, que engloba os 27 municípios da Amrec e da Amesc. Desses, 61 passam por formação em Criciúma, que encerrará no próximo mês. "Primeiro vamos tentar conseguir este número para em seguida fazer uma distribuição com inteligência. Criciúma está com 250 policiais militares, o que é o mínimo do mínimo", declarou o coronel Cosme Manique Barreto, comandante regional.

Essas e outras demandas e conquistas da segurança pública foram elencadas na última reunião do ano do Conselho Comunitário de Segurança – Conseg do Centro, que abrange nove bairros, na noite de ontem, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL.

Dentre os membros do Conseg do Centro, também estiveram presentes os Conseg’s da Quarta Linha, Rio Maina, Próspera e São Luiz, assim como a Polícia Civil, a Guarda Municipal – GM e o secretário de planejamento de Criciúma, Jader Westrup, representando o prefeito Márcio Búrigo. Os três vereadores eleitos e membros do Conseg, Júlio Kaminski – PSDB, Zairo Casagrande – PSD e Aldinei Potelecki – PRB, também compareceram e firmaram o compromisso em prol da segurança no Poder Legislativo.

Iniciando as colocações, o coronel Barreto ressaltou a importância da comunidade no processo para a segurança. "É um passo natural que tem que ter também o emprego, saúde, educação e infraestrutura, por exemplo. Segurança pública não se restringe à polícia e ao policiamento. A busca tem que ser feita com a organização das comunidades para se buscar a segurança amanhã", exemplificou, citando o projeto Vizinho Solidário, que tem rendido números positivos, como a queda de furtos.

O comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Evandro de Andrade Fraga, pronunciou-se em seguida revelando as ações preventivas que resultaram na queda dos indicadores da violência. Informou o número de homicídios, sendo que em 2014 foram 34 mortes, em 2015, 61 e, neste ano, 33. Citou ainda as parcerias, a necessidade de melhora no sistema de radiocomunicação da PM para o sistema digital, como também a necessidade da troca dos coletes balísticos, que vencem nos próximos meses.

Coletes vencem nos próximos meses

"Fizemos uma parceria com a Justiça do Trabalho para uma pequena compra, mas não atinge 10% do que precisamos", diz, citando outros investimentos constantes necessários para alimentação, combustível, armamento e munições. Das ações, Fraga informou os benefícios do PM Mobile e da guarnição Pós-Crime. Fraga ressaltou ainda a necessidade do atendimento da saúde dos policiais militares em casos de confrontos ou outras situações traumáticas. "Porque, atrás de um policial, tem um ser humano", pontuou. O comandante do 9º Batalhão citou as melhorias da 2ª Companhia de Policiamento Tático – CPT no Bairro Boa Vista. "Hoje existe um ambiente mais organizado e a presença da polícia influencia. Não vemos mais placas de aluga-se naquela região".

O policial civil Francis Mezzari também elencou as demandas e progressos da Polícia Civil, informando sobre a sinalização da vinda de 25 agentes e três delegados para Região Carbonífera após a formatura dos novos policiais, no dia 17, sendo que o necessário seria ao menos 35 agentes e seis delegados. "Não é a quantidade necessária, mas já é um avanço, assim como o Saer, com inauguração no próximo dia 24, que vai trazer mais efetivo e atender de Laguna a Passo de Torres, além de toda região serrana", observa. Ontem a aeronave esteve sobrevoando a cidade para testes.

Mezzari também falou sobre os depoimentos de presos em flagrante por videomonitoramento, o que tem agilizado os trabalhos, e sobre os avanços para a nova Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso – DPCAMI e a Central de Plantão Policial – CPP, com abertura da licitação para dia 18, sendo que a empresa ganhadora para fazer a reforma do local terá 90 dias para concluir.

O gerente de operações da GM, Marlon Machado, também fez o uso da palavra relembrando a recente aprovação para a reestruturação da GM, com ouvidoria e corregedoria. Machado informou que a GM ainda não possui equipamento de segurança e que, até o fim do ano, como anteriormente era previsto, não será possível a aquisição do armamento não letal, por problemas de licitação.

"A Guarda quer auxiliar na frente das escolas, praças, terminais e no trânsito. Só para se ter uma ideia, por dia, são atendidas de 30 a 40 ocorrências de trânsito, o que daria para liberar a PM para combater a criminalidade", frisou. 

O cabo Luciano, que atende a área central, reforçou a importância da parceria com a população, informando que, de 30 ocorrências registradas anteriormente, passaram para 16. "Isso não seria possível sem a participação de todos".

"Segurança é um problema de todos nós, não só da polícia, e todos temos que contribuir para melhorar", finalizou o presidente do Conseg do Centro, Robson Izidro.

Com informações do Portal Clicatribuna