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A Polícia Civil já se mobiliza contra mudanças nos benefícios adquiridos pelos servidores da segurança pública por parte do Estado e pode boicotar a Operação Veraneio 2015/2016, que teria início no próximo mês, com reforço no efetivo e extensão no atendimento nas delegacias nas regiões litorâneas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC), Anderson Amorim, o boicote não se dá pela Polícia Civil, mas pelo próprio Governo, que segundo ele, descumpre uma série de normas. “Não gostaríamos de estar nessa situação, mas infelizmente o Governo não tem nos dado ouvido e tem passado por cima dos nossos direitos. Buscamos a reparação do dano que o Governo mesmo causou a categoria. Nós temos problemas muito sérios em relação ao Governo que vão atingir, vão afetar diretamente o serviço da polícia em relação à Operação Veraneio. Problema muito sério”, ressaltou Amorim.
A insatisfação veio à tona após a aprovação de três medidas provisórias pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na manhã de ontem. Inclusive policiais civis da Região Sul marcaram presença na manifestação na sede do Legislativo Estadual.
Segundo os trabalhadores da segurança pública, essas medidas acabam tirando uma série de benefícios adquiridos há tempos pelas categorias e "escravizando" o trabalho. A diminuição de quase R$ 1 mil durante licença médica ou mesmo férias, e a nova escala proposta que faz o servidor trabalhar quase o dobro sem receber as horas extras e nem folga, pra suprir a falta de efetivo, foram os exemplos citados.
Na próxima terça-feira (17), uma nova mobilização já foi marcada para às 8h, também na Alesc, dia e horário em que as medidas serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça antes de irem à plenário. As medidas afetam todos os servidores da pasta de Segurança Pública do Estado, como também a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Geral de Perícias (IGP).
Com informações de Talise Freitas/Rádio Eldorado