Segurança

Polícia conclui inquérito sobre morte brutal de casal içarense

Crime foi premeditado por criciumense que mora no RS; sete foram indiciados

Foto: Divulgação

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O delegado da Delegacia de Homicídios de Canoas (RS), Marco Guns, concluiu e apresentou nesta terça-feira o inquérito policial em relação a morte brutal do casal içarense no RS. Os corpos do corretor de imóveis, Paulo César Raichaski, de 42 anos, e da mulher dele, Solange Vargas, de 35 anos, foram encontrados na noite de 26 de agosto na cidade gaúcha, carbonizados, no banco traseiro do veículo Chery, de propriedade das vítimas.

Foram seis indiciados pelos crimes de associação criminosa armada, exploração, duplo homicídio triplamente qualificado, fraude processual e furto qualificado, dentre eles o mentor do crime já preso; o criciumense Wladimir Luciano de Jesus Israel Zeferino, 33 anos; um agenciador e seus quatro executores e uma mulher. Ao todo, quatro já estão presos, dois estão foragidos e a acusada deverá responder em liberdade pelo crime de furto, pois foi contratada para a realização de saques usando os cartões de crédito das vítimas, mas não tinha conhecimento da prática criminosa.

Foi constatada que a motivação do crime envolveu a negociação de um imóvel no Balneário Rincão, avaliado em R$ 80 mil. “O mentor atrai as vítimas até o RS alegando ter R$ 20 mil, e já tinha premeditado o crime na noite anterior, pois contratou quatro criminosos através de um agenciador, tudo na intenção de ficar com a documentação do contrato de compra e venda do imóvel, por achar que com isso seria o proprietário”, explica o delegado.

Vítimas foram torturadas 

Conforme a autoridade policial, quando as vítimas chegam à residência do mentor do crime, com o convite de “tomar um cafezinho”, de imediato já são rendidas. “Um dos executores já saca de um revólver. Em seguida eles amarram as vítimas com lacres nas mãos para trás e lacram também a boca. Eles não conseguiram argumentar nada, ficaram assim das 10h até as 17h e nesse tempo os criminosos usam os cartões de crédito das vitimas”, detalha.

Após sacarem, eles levam o casal para o quarto, colocam sacos de plásticos na cabeça, enrolam uma corda no pescoço e esganam os dois até a morte. "Eles pretendiam esquartejar as vítimas e dar os pedaços aos cachorros. Chegaram a mutilar as pernas e colocaram então os corpos no carro de um deles, um Corsa. Como os corpos não entraram, resolveram então colocar no carro das vitimas e por fogo. Foi um crime de tamanha crueldade e insanidade pela forma como foi praticado”, caracteriza a autoridade policial.

O delegado suspeita que uma das vítimas possa ter sido queimada ainda viva, mas aguarda o laudo conclusivo do Instituto Geral de Perícias – IGP. O casal deixou dois filhos, de três e 11 anos.

Com informações de Talise Freitas