Foto: Divulgação/Notisul
Hoje é o Dia Internacional do Portador de Síndrome de Down. Gustavo Rodrigues da Silva teve dificuldades na infância e adolescência para se adaptar, devido à síndrome. Após ser incluso no mercado de trabalho, tudo mudou.
“O Gustavo amadureceu muito depois que começou a trabalhar. Ele chega em casa e conta toda a sua rotina, possui bom relacionamento interpessoal com os colegas e se preocupa com o seu desempenho. Meu filho apresentou mais responsabilidade e constante evolução nos estudos. Acredito que se não houvesse tanta sensibilização e zelo, a parceria entre ele e a empresa não teria dado tão certo”, fala com orgulho, a mãe Vera Rodrigues.
Gustavo atua no supermercado Manentti, em Capivari de Baixo. Assim como ele, em Criciúma tem o Maxuel, a Larissa e o Celso. Conforme a gerente de recursos humanos da rede, Debora Eufrásio, geralmente os portadores de Síndrome de Down chegam tímidos, mas aos poucos ganham confiança.
“É incrível, porque eles são esforçados, responsáveis e pontuais. Quando os contratamos, tivemos uma grata surpresa. Além dos consumidores, os nossos profissionais os acolheram de uma forma calorosa, e hoje se preocupam, cuidam deles”, enfatiza Debora.
Celso Antonio Spillere, 25 anos, executa com maestria o trabalho de empacotador. Para o pai, Celso Spillere, ver o filho trabalhar com tanta determinação e vontade é motivo de orgulho e, de certa forma, de surpresa. “Eu não imaginei que ele gostaria de trabalhar porque sempre foi um menino tímido que não saía de casa, tinha medo de ir na rua, de pegar ônibus sozinho. Depois de ser efetivado, mudou completamente, é outra pessoa, amadureceu de uma forma surpreendente”, avalia o pai.
Fortalecendo a inclusão social
Por ser uma rede de vizinhança que visa fortalecer a economia dos bairros onde está inserida, o Manentti atua em três áreas importantes: gestão administrativa, gestão de pessoas e gestão social. “Estamos felizes com os resultados obtidos, porém buscamos fortalecer esta ação que trata da inclusão social. Temos uma política que vai além do atendimento legal. À medida que acolhemos o profissional especial, dando-lhe toda atenção que o caso requer, preparamos os demais profissionais para que os acolham e deem o suporte necessário”, complementa Debora.
