Economia

Preço da ração e kg pago por carne suína preocupam produtores

Produtores tem optado por criar menos animais e abater mais cedo

Foto: Diogo Zanatta / Especial

Foto: Diogo Zanatta / Especial

Os produtores de suínos do Oeste de Santa Catarina têm reclamado do preço pago pelo quilo da carne e alta no valor da ração. Com isso, alguns têm optado por criar menos animais e até mesmo abater antes do animal atingir o peso ideal, como mostrou o RBS Notícias.

O preço pago ao produtor teve uma queda e está a R$ 2,80 o quilo. Para quem tem que arcar com a ração, que está muito cara, o preço ideal teria que ser R$ 3,60. "Vamos depender da safra de milho, da segunda safra de milho do Mato Grosso, para uma baixa no custo de produção", explicou o suinocultor Felix Moraro Jr.

Moraro também optou, para ter menos custos, mudar o tipo de produção: de granja genética para leitão maternidade. "Com suínos maiores, até a engorda você tem que dar muita ração para eles, até o peso de 115 kg para abate. Com o leitão maternidade, você só fornece ração para as matrizes", diz o suinocultor.

Além de diminuir o número de suínos, muitos produtores não estão esperando os animais atingirem o peso ideal para o abate e entregando mais cedo, para não gastar tanto com ração.

Já para quem é produtor integrado, e recebe a ração da agroindústria, os custos para o produtor não são tantos. Entretanto, com o baixo preço pelo quilo, a exportação tem sido importante para equilibrar as contas.

Exportação

Nos três primeiros meses de 2016, Santa Catarina foi o grande exportador de suínos no Brasil, com 58 mil toneladas, volume 74% superior ao registrado no mesmo período em 2015.

Atrás de Santa Catarina estão o Rio Grande do Sul e o Paraná. Ao todo, o Brasil exportou entre janeiro e março quase 165 mil toneladas de carne de porco.

"Nós estamos fazendo um trabalho, na carne de suínos, para abrir (firmar parceria) definitivamente a Coréia do Sul, que ainda faltam alguns documentos, e melhorar a venda para o próprio Japão, que abrimos agora recentemente", disse o diretor do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne-SC), Ricardo de Gouvea.

Com informações site G1