Economia

Preço do litro da gasolina vai subir novamente em Santa Catarina

Foto: Diorgenes Pandini/Agencia RBS

Foto: Diorgenes Pandini/Agencia RBS

Os catarinenses mal tiveram tempo para assimilar o último aumento no preço da gasolina e precisam preparar o bolso para mais um reajuste. De acordo com a Agência Nacional de Petróleto (ANP), nas últimas semanas o Estado teve aumento médio de 6,25% no preço do combustível, variação próxima da margem do reajuste de 6% feito pela Petrobras nas distribuidoras no final de setembro. Nesta semana, porém, deve chegar às bombas uma atualização levando em conta a alteração do valor-base do ICMS.

O percentual de 25% do imposto estadual era calculado sobre o valor de R$ 3,33 (preço médio estadual segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda), que agora foi reajustado para R$ 3,45. De acordo com a Secretaria, essa segunda elevação no mês de outubro acompanha os aumentos de impostos do governo federal e do preço feito pela Petrobras.

"Ainda devem ser repassados mais R$0,05 ou R$0,06 e o aumento do etanol também tem impacto", diz Júlio Zimmermann, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau, região que concentrou os maiores aumentos nas últimas semanas. 

Cidades elevaram acima do recomendado

Embora a variação média do aumento da gasolina nas últimas  semanas esteja próxima da margem de 6% feito pela Petrobras, em algumas cidades de SC o reajuste foi acima do recomendado: é o caso de Blumenau (9,37%), Biguaçu (8,7%), Joinville (8,66%) e Brusque (7,7%). A média de preço no Estado está em R$ 3,39. Apesar do aumento, Santa Catarina tem a quinta média de preço mais baixa no país

Ao analisar valor médio, Florianópolis e Blumenau compartilham o topo com o litro a R$ 3,49. Já o local mais barato para abastecer, entre os analisados pela ANP, é Itajaí, onde o litro de gasolina está vendido a uma média de R$ 3,24. O preço da venda para as distribuidoras oscila entre R$ 2,78 e R$ 2,93.

O presidente do sindicato dos postos de gasolina de Florianópolis, Valmir Espíndola, explica que o aumento total para as distribuidoras foi maior que 10% se somados todos os impostos.

"Só o que a Petrobras aumentou já foi 6%. Com PIS, Cofins e outros impostos subiu mais de 10%. E ainda deve vir o aumento do ICMS", diz.

O Procon estadual ainda não tem uma posição sobre os reajustes. As unidades municipais estão fazendo levantamentos e devem enviar manifestação nas próximas semanas, após a conclusão.

"O que ressaltamos sempre é que a pessoa deve pesquisar. Não colocar gasolina no primeiro posto que encontrar. Basta procurar para encontrar preços melhores", orienta o coordenador de fiscalização do Procon estadual, Isnando Bezerra.

Apesar do aumento, consumo cresce no Estado

Mesmo com altas sucessivas no preço do combustível desde o início de 2015, o consumo de gasolina no território catarinense cresceu 1,4%, entre janeiro e agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. 

O levantamento da ANP leva em conta os valores da gasolina de poucas cidades, apenas 10 em Santa Catarina, por exemplo. Mas a limitação se repete nos outros Estados do país. Dentro dos últimos valores pesquisados em outubro, a média do litro a R$ 3,39 só é maior que em Piauí (R$3,38), São Paulo (R$3,32), Paraíba (R$3,30) e Maranhão (R$3,27). O abastecimento mais caro do Brasil é no Acre (R$ 4,01).

No Rio de Janeiro, Estado que concentra a maior produção de petróleo do país (74% do total), o preço médio da gasolina está R$ 3,69, mais caro que o do Distrito Federal (R$ 3,67).

Com informações do jornal Diário Catarinense