Economia

Primeiro container de carne suína procedente de Santa Catarina chega ao Japão

A mercadoria saiu no dia 13 de julho do Porto de Navegantes, com 21 toneladas de carne in-natura

O primeiro container carregado de carne suína procedente de Santa Catarina chegou ao Japão ontem. O produto estará disponível na próxima semana nos supermercados e restaurantes japoneses. “É um momento histórico para Santa Catarina. A primeira remessa abre, de fato, o importante mercado japonês para a carne suína catarinense”, afirma o secretário de agricultura e pesca, João Rodrigues. A expectativa é que frigoríficos do vale do Braço do Norte possam ser incluídos.

Segundo o diretor de defesa agropecuária do estado, Roni Barbosa, existe a previsão de aumentar o número de frigoríficos para exportação. “Atualmente são oito frigoríficos do estado que tiveram a liberação com certificados internacionais à venda, mas é possível que Santa Catarina tenha mais”, prevê.

A carga da Seara, com 21 toneladas de carne suína in-natura, saiu do Porto de Navegantes no dia 13 do mês passado. Oito frigoríficos de cinco empresas foram habilitados a exportar carne suína ao mercado japonês. A BRF (com as unidades de Campos Novos e de Herval D’Oeste), Seara (unidades de Seara e de Itapiranga), Pamplona (Rio do Sul e de Presidente Getúlio), da Aurora (Chapecó) e da Sul Valle (São Miguel do Oeste). Já embarcaram as suas cargas os frigoríficos da BRF e da Aurora, os demais preparam os seus embarques.

O secretário João Rodrigues ressalta que o estado é o maior produtor nacional de carne suína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas produzidas por ano no estado, o mercado internacional consome cerca de 200 mil toneladas.

Segundo Jornal Notisul, o Japão é o maior importador de carne suína do mundo, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano. A expectativa do governo do estado é de que, em uma primeira etapa, Santa Catarina responda por 10% desse mercado, ou seja, cerca de 120 mil toneladas. O montante representaria um ganho da ordem de 60% nos embarques de carne suína catarinense para o exterior.