Política

Processo de cassação: políticos são investigados por suposta compra do voto de Cabelinho

Está em andamento a investigação de três políticos por crime de corrupção ativa. O que se apura é se houve a compra do voto do vereador em memória Clésio de Oliveira Sousa (PSD), o popular Cabelinho, com o objetivo de interferir no processo de cassação do prefeito Marco Antonio Bertoncini Cascaes (PSD) e do secretário de Obras e vereador licenciado Udir Luiz Pavei, o Dija.

As informações foram repassadas pelos delegados de Urussanga e Orleans, Marcelo Vianna e Bruno Sinibaldi, respectivamente, em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (9), nas dependências da Delegacia de Polícia Civil de Orleans. “Havia um processo de cassação ocorrendo na Câmara de Vereadores de Orleans e o vereador Clésio era uma peça considerada fundamental porque ele era decisivo”, afirmou Vianna.

Isso porque, para que haja a cassação, será necessário que oito dos 11 vereadores votem pela condenação dos acusados. A investigação é atribuição da Polícia Civil de Orleans e está sendo encabeçada pelo delegado Bruno Sinibaldi. Ele conta que Cabelinho procurou a promotora de justiça e que existe um documento que transcreve a denúncia.

“Existem alguns investigados e eu dependo de um laudo pericial do telefone para saber quais os últimos contatos que ele fez com políticos do município. Antes da morte, ele trocou o celular e nós recuperamos o aparelho antigo. Encaminhamos para a perícia e vamos ver se é possível ouvir alguma gravação”, contou.

A conclusão da investigação sobre a possível compra de votos para intervenção da cassação depende do laudo e das oitivas dos investigados. “O motivo que levou o vereador a se suicidar fica difícil de esclarecer nesse inquérito, até porque o objeto de investigação é o crime contra a Administração Pública. O que se pode divulgar é que há algumas pessoas que foram citadas por testemunhas como sendo possíveis compradores do voto dele”.

Os envolvidos e os valores que giram em torno da negociação da compra do voto não podem ser divulgados, já que esses detalhes da investigação são sigilosos. O inquérito deverá ser concluído uma semana a partir da entrega do laudo da perícia do celular. “Eu vou encaminhar mais um ofício para a perícia pedindo urgência, até porque a perícia é um órgão autônomo à Polícia Civil”, explicou.

Relembre o caso

O corpo do vereador Clésio de Oliveira Sousa (PSD), popular Cabelinho, de 52 anos, foi encontrado no final da manhã do dia 10 de junho em um galpão abandonado, ao lado da Igreja da localidade de São João do Rio Maior, entre os municípios de Orleans e Urussanga.

Investigação descarta hipótese de assassinato

Na coletiva de imprensa, o delegado de Urussanga, Marcelo Vianna, afirmou que o resultado da investigação exclui a hipótese de assassinato do vereador. Veja mais detalhes nesta matéria.

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