O professor de Educação Física, José Luis Vicente, 48 anos, de educador passou a condição de vítima na manhã desta terça-feira.
Há 13 anos lecionando a prática esportiva no Balneário Rincão, o homem, que mora em Criciúma, foi agredido por um ex-aluno dentro do colégio em que trabalha. Vicente foi atingido com um soco no olho ao tentar impedir que dois rapazes, um deles adolescente, invadissem o ginásio de esportes da unidade de ensino.
Após a agressão, a dupla conseguiu fugir. O professor registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia do balneário, e por enquanto, está com medo de ir trabalhar.
“Dou aula na quinta-feira, mas pretendo ficar uns dias afastado das funções. Além de tudo fui ameaçado e estou bastante apreensivo”, caracteriza.
A agressão ocorreu por volta das 11h30min. Antes disso, um outro adolescente já havia tentando invadir o ginásio, foi advertido a sair do local, pois não era aluno, e saiu ameaçando o professor.
Alunos presenciaram agressão
Em seguida, outros dois rapazes invadiram o ginásio, aconselhados a deixar o espaço, e foram em direção ao professor com palavras de ameaça.
“Peguei o telefone para ligar para a diretora. Eles acharam que estava ligando para a polícia e fui surpreendido com um soco. Por pouco não foi um nocaute e quase cai por conta do impacto. Só deu tempo de colocar a mão no rosto, e eles, fugiram. Fiquei zonzo. Muitos alunos presenciaram a agressão. Tenho 1.80 metro, se fosse uma mulher ela ia ser derrubada”, relata o professor.
Na delegacia ele foi informado que um dos jovens é investigado por um homicídio cometido no balneário, o que o deixou ainda mais com medo. O outro é um garoto de 15 anos.
Segundo o Portal Clicatribuna, os jovens teriam envolvimento com o tráfico de drogas e esta não seria a primeira vez que eles invadiram o colégio para vender entorpecentes para outros alunos, segundo o educador.
“Não me sinto seguro. Eles andam até armados”, disse.
Escola há policiamento, garante a PM
Uma viatura que realiza o Projeto intitulado Escola Segura, tinha saído da unidade de ensino cinco minutos antes da agressão, conforme o sargento da Polícia Militar, Romelano Onofre.
“Mesmo com a falta de efetivo realizamos o policiamento em três colégios do Rincão. Nesta escola há também o trabalho voluntário de dois policiais militares onde ensinam capoeira aos alunos”, conta o policial militar.
No Balneário Rincão, a PM também promove projetos de redução de furtos e roubos, rondas em locais propícios para alguns crimes, como homicídio e tráfico de drogas, além do projeto Vizinho Solidário, onde moradores ficam responsáveis por avisar a polícia caso tenha algum crime contra o patrimônio nas ruas do balneário.
“Esses projetos não são somente executados nos dias de semana, mas nos finais de semana também. Na área central, onde há a concentração do comércio, o policiamento é feito a pé, com o objetivo de proximidade entre os cidadãos e a polícia”, acrescenta o sargento.
Um policial também realiza o Programa Educacional de Resistências às Drogas e à Violência (Proerd) que é um programa exclusivo da PM.