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Professores e demais funcionários aceitam proposta da Afasc

Aulas e trabalhos nos Centros de Educação Infantil Municipal (CEIM's) de Criciúma voltam ao normal nessa sexta-feira

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Com uma abstenção, um voto contrário e os demais favoráveis ao acordo, os professores e demais funcionários da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) aceitaram a proposta da instituição. Em assembleia realizada no final da tarde desta quinta-feira na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Criciúma, os profissionais discutiram os efeitos deste dia de paralisação e, por fim, através de votação praticamente unânime, decidiram aceitar o acordo proposto pela Associação.

Conforme o assessor jurídico da Afasc, Arlindo Rocha, a proposta aceita pelos trabalhadores estabelece reajuste salarial de 7% para os funcionários de apoio, como serventes e cozinheiras, e o mesmo 7% mais 6% para os professores, somando 13% de aumento para os docentes. Além disso, o advogado propôs que o dia de paralisação não seja descontado da folha de pagamento, desde que seja estabelecido uma data para reposição das horas não trabalhadas.

"Este foi um momento importante para a história da entidade, algo nunca visto antes pela Afasc. Presenciamos um momento de conciliação entre partes em conflito, que, ao final, entraram em um consenso e quem sai ganhando é a comunidade, principalmente as crianças", destacou Rocha.

De acordo com o site Engeplus, o movimento teve apoio do Sindicato do Empregado em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, Orientação de Formação Profissional do Estado de Santa Catarina (Senalba-SC), que representa os funcionários da Afasc, e do Sindicato dos Trabalhadores em Serviço Público de Criciúma e Região (Siserp/CRR/CUT). A presidente do Siserp, Maria Bárbara Teixeira Righetto, considerou esta quinta-feira de paralisação como um dia bastante vitorioso para a classe.

"Nos 32 anos da Afasc, nunca foi feito ou visto nada como o que realizamos hoje. Esse foi apenas o início de muitas lutas trabalhistas que virão. Os funcionários não aguentam mais esse sistema, então vamos lutar, pois a ditadura acabou", enfatizou Bárbara, com o microfone em mãos e sob aplausos das trabalhadores presentes na assembleia.

No encontro, a própria comissão formada por alguns funcionários da Afasc propôs que sejam realizadas reuniões formais mensalmente a partir do próximo ano, a fim de estudar os direitos e deveres da classe, como afirmou a professora e membro da comissão, Eliziane Machado. "Conseguimos o que queríamos, que era acordar a Afasc, acordar a prefeitura, chamar a atenção deles. Agora, vamos continuar em busca dos nossos direitos e voltaremos a discutir tudo isso no ano que vem".