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Quatro unidades de saúde de Tubarão estão sem médico

A prefeitura de Tubarão já providencia a contratação de profissionais para os postos do KM 60, KM 63 e Andrino

Foto: Reprodução/Notisul

Foto: Reprodução/Notisul

A balconista Vânia de Oliveira, 36 anos, saiu do trabalho ontem, por volta das 10 horas, para ir à Estratégia de Saúde da Família (ESF) perto da sua casa, no bairro Andrino, em Tubarão. Ela é atendida no posto São Luiz, mas ao chegar no local não havia médico. Segundo reportagem do jornal Notisul, Vânia não foi a única a ficar sem atendimento.
A justificativa das funcionárias da unidade é que a médica que atende no São Luiz está doente. Até aí tudo bem. O problema de dona Vânia poderia ser resolvido na ESF São Braz, que assiste a comunidade na falta de um profissional no São Luiz.

Mas a unidade também está sem médico. A profissional pediu a exoneração para trabalhar em outro estado. Ela atendeu até a última sexta-feira no posto do São Braz.
“É um absurdo ninguém providenciar a substituição destes médicos. Quem paga é a comunidade. Voltarei aqui amanhã (hoje) na torcida que tenha alguém para me atender”, reclama dona Vânia.
Os moradores do KM 60 enfrentam o mesmo problema. Desde o começo do ano o ESF da localidade não tem um profissional. Na unidade mais próxima, do KM 63, o médico está de férias e só retorna no dia 14 do próximo mês.

Conforme a coordenadora geral dos ESFs, Sandra Grandemagne, a secretaria de saúde da prefeitura já providenciou a contratação de novos profissionais às unidades do KM 60 e do São Braz.
“Para acabar com a falta de médicos, analisamos a possibilidade de contratar profissionais que possam fazer um rodízio. Assim, em caso de férias do titular, por exemplo, a unidade não ficaria sem um profissional”, antecipa o secretário Gustavo Dassoler da Silva.

“Nosso pedido é que os médicos cumpram a carga horária de trabalho”

De acordo com a coordenadora geral do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Tubarão, Sandra Grandemagne, a secretaria de saúde da prefeitura faz, neste momento, um levantamento estrutural das unidades.
O objetivo é ver tudo o que falta em cada posto para tentar reorganizar as unidade e oferecer um serviço com mais qualidade para os cidadãos, e um ambiente de trabalho melhor para os servidores.

Mas somente isso não é suficiente para fazer com que os médicos compareçam às unidades para trabalhar as oito horas diárias às quais são contratados.
E o salários pago pela prefeitura de Tubarão não é dos piores. Varia entre R$ 9 mil e R$ 10 mil por mês, um valor bem acima da média da região, que é quase R$ 7 mil mensais.
“Nosso pedido é que os médicos cumpram a carga horária. Assim poderemos ofertar saúde de qualidade para a população, que têm direito a isso, paga por isso”, decreta Sandra.