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RDL Aeroportos e Aeroporto Regional Sul vencem premiação concedida pela ANAC

A RDL Aeroportos sagrou-se campeã com a “Operação Fortitude”, levando o prêmio para Jaguaruna.

Foto: Divulgação

O dia 07 de dezembro de 2018 entrará para a história do Aeroporto Regional Sul. Na última sexta-feira, dia internacional da aviação civil, a Agência Nacional de Aviação Civil decidiu premiar aeródromos que se destacaram ao longo do ano no âmbito do Gerenciamento da Segurança Operacional.

O evento chamado de “Safety Management Summit SMS – Brasil 2018”, aconteceu na capital federal e entregou premiações em duas categorias distintas, quer sejam “ações de inovação” e “ideias inovadoras”. Nesta última, a RDL Aeroportos sagrou-se campeã com a “Operação Fortitude”, levando o prêmio para Jaguaruna. A outra categoria foi vencida pela concessionária GRU Airport.

Foto: Divulgação

O evento foi uma iniciativa sem precedentes da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que decidiram premiar organizações que levam o gerenciamento da segurança operacional a outro patamar de gestão. E logo na primeira edição do evento, o Regional Sul entra para os anais da história da aviação civil brasileira.

Ao nosso Gerente Geral, Fernando Castro, em nome da Diretoria da RDL Aeroportos e representando toda a nossa equipe de profissionais, foi dada a honraria de receber o troféu e diploma da Agencia e traze-los “cuidadosamente” para casa.

Entrevistamos nosso Gerente Geral, Fernando, para saber mais sobre a premiação:

RDL: O que foi esta premiação e evento?
Fernando: Este evento foi uma ação inovadora, de iniciativa da ANAC, para premiar operadores de aeródromo e aéreos que destacaram-se no gerenciamento da segurança operacional durante 2018.

RDL: Quem poderia participar do evento?
Fernando: Qualquer aeroporto do Brasil que estivesse com um sistema de gerenciamento da segurança operacional implementado, poderia participar.

RDL: Com quais e quantos aeroportos a RDL e o Regional Sul concorreram?
Fernando: Acredito que a RDL e o Regional Sul tenham concorrido com todos os grandes aeroportos de grande e médio porte do Brasil, inclusive os aeroportos que estão sob o regime de concessão. Mas somente o Aeroporto de Guarulhos (internacional de São Paulo) e Jaguaruna venceram.

RDL: A RDL venceu o prêmio na categoria “ideias inovadoras” com a “Operação Fortitude”. O que foi ou é esta operação?
Fernando: A “Operação Fortitude” foi criada para reduzir o perigo aviário e as consequências e riscos associados. No começo de 2017, em apenas 5 meses, registramos 17 colisões entre aeronaves e pássaros, e isso é muito para um aeroporto que processa 2 voos por dia. A partir daí, iniciamos ações para mitigar o perigo. Primeiro precisávamos entender com o que estávamos lidando, por isso contratamos uma bióloga credenciada para que fizesse um trabalho de campo e teórico sobre o perigo aviário em nosso complexo aeroportuário. O trabalho foi minucioso e levou 6 meses para ficar pronto. Depois que a bióloga entregou o Plano de Gerenciamento ao Risco da Fauna (PGRF), eu reuni nossa equipe de operações aeroportuárias e a própria bióloga para que do PGRF, pudéssemos extrair ações concretas para reduzir o número de colisões. Com as ideias colocadas a mesa, pudemos perceber o que era viável e o que não era e finalmente, surgiu a “operação fortitude”, que nada mais é que 9 ações para reduzir o perigo aviário e seus riscos associados. A operação deu tão certo, que nos próximos 15 meses após sua criação, reduzimos em 8 vezes o número de colisões com pássaros.

RDL: Por que do nome?
Fernando: Operação Fortitude foi uma operação da segunda guerra mundial. Quando os aliados estavam com o plano pronto para invadir a Europa ocidental, havia a necessidade de criar uma distração, a Alemanha nazista tinha de ser enganada quanto ao ponto de invasão. Os aliados então criaram a operação fortitude, que consistia em criar divisões inteiras de tanques, blindados e aviões de mentira, um “exército fantasma”, sendo que os mesmos estavam lotados no ponto mais próximo entre Inglaterra e a França dominada pelos nazistas. A Alemanha teve a certeza que a invasão aconteceria pelo passo de calais, e deslocou a maioria de suas divisões para lá, mas a verdadeira invasão aconteceria mais ao oeste e foi um verdadeiro sucesso, pegando o exército alemão de surpresa e sendo o passo inicial para a libertação da Europa.
Bom, no Regional Sul, depois que entendemos o tipo de risco que estávamos enfrentando, logo percebemos que não venceríamos a “guerra” contra as aves. Não há como impedir que aves pousem em qualquer aeródromo. Existem ações que reduzem a população de pássaros, mas estas são caras e demoradas. Há época, nós precisávamos de ações que surtissem efeito imediato e que custassem virtualmente zero. Já que não podíamos evitar que os pássaros pousassem no nosso aeródromo, ao menos percebemos que podíamos “enganá-los”, levando-os para outras áreas do campo, longe da pista e da aproximação final, e daí nasceu a “operação fortitude” “remasterizada”, digamos assim. Nós criamos distrações aos pássaros, e isso evita que eles permaneçam na faixa de pista, entretanto não impede que eles fiquem dentro do complexo aeroportuário. Assim como a operação fortitude original, a nossa também foi um sucesso, e os números comprovam isso.
O que implementamos eu acredito ser algo tão inovador, que até a ANAC nos recompensou com a premiação.

RDL: Agradecimentos especiais?
Fernando: A ANAC pela iniciativa, a Diretoria da RDL pela confiança depositada, a Azul e Latam que confiam no nosso trabalho, a nossa equipe de profissionais que faz mais e melhor com recursos limitados, ao nosso profissional de operações Rhaniery, que desenvolveu grande parte das ações da operação, a Bióloga Mariana Fortunato que criou nosso Plano de Gerenciamento ao risco da Fauna e em conjunto com o Rhaniery desenvolveu as ações mitigatórias, ao Grupo Atlantis que executa a roçada das áreas verdes na área operacional do Regional Sul, nos ajudando a manter viva a operação, e por fim a nossa guarnição de bombeiros da Seção Contraincêndio que também participa, e é parte fundamental para o êxito da operação.

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