Saúde

Região pode ter registrado primeira morte por H1N1

Homem de 39 anos morador de Praia Grande deu entrada no hospital com sintomas da gripe, e não resistiu

Foto: Divulgação

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A região pode ter registrado a primeira morte provocada pela gripe H1N1, conhecida popularmente como gripe suína, neste ano. O caso foi registrado ontem no município de Praia Grande, na divisa com o Rio Grande do Sul.

Segundo informações obtidas pela Revista W3, com pessoas ligadas ao paciente, o homem de 39 anos, motorista, morador de Praia Grande, deu entrada no início da noite no hospital do município com sintomas de gripe comum.

Ele já havia procurado o local na semana passada, se queixando dos mesmos sintomas, foi atendido, medicado e voltou para casa. Ontem, o rapaz que era motorista de uma banda de música Gaúcha, voltou ainda pior ao hospital e foi acolhido pela equipe médica que agiu rápido, estabilizou o paciente e fez o encaminhamento ao Hospital Regional de Araranguá.

Por volta das 23h de ontem, o homem foi transferido e faleceu 12 horas depois de ter procurado atendimento médico. A evolução da doença assustou os familiares e amigos que ficaram espantados com o agravo da doença que culminou com a morte rapidamente.

Confirmação oficial ainda não saiu

Em contato com o corpo clínico do Hospital Regional, já de posse das informações de que o paciente havia sido encaminhado com suspeita e indicação de H1N1, a nossa reportagem foi informada de que o caso ainda não foi confirmado e que os resultados dos exames que confirmarão a doença ainda não saíram. A enfermeira que atendeu nossa reportagem tentou desconversar sobre a suspeita, mas por fim acabou confirmando. A gerente de Saúde, Patricia Paladini também confirmou a suspeita e disse que os exames oficiais serão divulgados em breve. Ela disse ainda que todos que tiveram contato com o paciente já foram medicados.

Informações dão conta de que a equipe que atuou no atendimento ao paciente foi orientada a tomar tamuflu, medicamento usado no tratamento de pacientes da gripe H1N1. Colegas de profissão da vítima também já foram em busca de orientação e atendimento no hospital.

A gripe no país

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, já houve mais de 305 registros em 11 estados e 46 mortes relacionadas à doença no país, 38 delas em São Paulo. Em todo o ano de 2015, o Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos. No Rio, os casos devem aumentar a partir de junho, quando as temperaturas são mais baixas. Apesar da morte, o estado não antecipará a vacinação contra o vírus H1N1, diferentemente de São Paulo, que enfrenta um surto da doença antes do período previsto.

“Tem havido mais casos quando comparado a 2015, mas em patamares aind. A gente não vê necessidade de antecipar a vacinação porque nenhum município apresenta aumento significativo que justifique isso”, afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.

O calendário nacional da campanha de vacinação contra a gripe, definido pelo Ministério da Saúde, não será alterado e começa no dia 30 de abril. A previsão é que as doses comecem a chegar a partir desta quinta-feira aos estados.

Médicos alertam que os sintomas da H1N1 podem estar sendo confundidos com os da dengue nas emergências públicas e privadas. Nem todos os casos são dengue, chikungunya ou zika. Como estamos vivendo esta epidemia, acabam pensando que o paciente tem essas doenças e se esquecem de fazer o diagnóstico correto de gripe, advertem os profissionais ouvidos na reportagem

Como evitar

O contágio e a transmissão pela Influenza A (H1N1) ocorrem pelo ar ou por contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, presentes na tosse ou espirro. Sofrem mais com a doença as grávidas, crianças com menos de 5 anos, pessoas com doenças que atacam a imunidade e idosos com mais de 65 anos.

Os principais sintomas da doença são febre alta, tosse, dor no corpo, dor de cabeça e indisposição. Algumas medidas para evitar a propagação do vírus são lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar álcool em gel, evitar aglomerações, cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir e manter os ambientes sempre ventilados e limpos

Com informações da Revista W3