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Região Sul continua castigada pela seca

Siderópolis deve decretar de situação de emergência nesta quarta.

O prefeito de Siderópolis, Douglas Warmling, o Guinga, deve assinar nesta quarta-feira (16) o decreto de situação de emergência em razão dos prejuízos causados até o momento pela seca que atinge o Sul do Estado. A estiagem tem tomado proporção gigantesca na medida em que começa a faltar água para consumo humano. As comunidades rurais de Alto Rio Maina, São MartinhoAlto, Santa Luzia, Jordão Médio, Jordão Baixo, São Pedro e Santo Antonio são as mais afetadas.

No entanto, o maior problema no momento é com o fornecimento para os aviários e gado leiteiro, principais fontes de renda dos agricultores e de arrecadação para o município. “A situação é critica e para piorar estamos com dificuldades para contratar caminhão pipa”, explica Guinga. Com o decreto em mãos, o Chefe do Executivo deverá aproveitar que está em Brasília para protocolar pedido de ajuda nos ministério da Integração Nacional e Agricultura. “Vamos manter contato também com a Casan e a Defesa Civil no Estado. Precisamos da ajuda de todos”, adianta.

Alunos sem água

A Escola Aurora Péterle, na comunidade de Alto Rio Maina, recebe água apenas três vezes por semana. Para minimizar a dificuldade, a direção tem utilizado pratose copos descartáveis na alimentação dos 110 alunos do pré-infantil a 8ª série. De acordo com a diretora, Laíde Cercená, a situação é delicada. “Se continuarmais algum tempo não sei o que vamos fazer. Já estamos pensando até em suspender as aulas por algum período”, explica ao mostrar a caixa d’água da escola praticamente vazia.

Perdas de 30%

A produção de leite no município, que corresponde a 6% do que é arrecadado, já aponta uma perda de 30%, ou seja, são menos 33 mil litros produzidos mensalmente segundo dados da Epagri. Para piorar a situação, a plantação da pastagem de inverno está atrasada e irá comprometer ainda mais o setor de gado leiteiro daqui em diante. “A produção de banana e milho também sofrem com a estiagem”, adianta o gerente da Epagri de Siderópolis, Jaldecir Mazzorana.

O momento é mais delicado para a avicultura de Siderópolis. Ao todo são 110 aviários que começam a encontrar dificuldades no abastecimento das aves. Para minimizar os prejuízos a prefeitura, através da Secretaria de Agricultura, tem disponibilizado maquinário para abertura de poços. A avicultura representa atualmente 77% da arrecadação agrícola do município, totalizando mais de R$ 28 milhões anualmente.

Chuva apenas no próximo mês

Para piorar a situação da estiagem, a previsão de chuva considerável é apenas paraos meses de junho e julho. De acordo com o meteorologista da Climaterra, Ronaldo Coutinho, nos últimos três meses choveu o previsto para um mês. “A situação vai continuar assim pelo menos nas próximas semanas”, comenta Coutinho.

Colaboração: João Manoel Neto

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