Você se considera uma pessoa saudável? A maioria das pessoas vai responder dizendo que precisa cuidar mais da alimentação, praticar exercícios físicos ou que não tem nenhuma doença crônica. O que a maioria das pessoas não sabe é que o conceito de saúde é bem mais amplo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a definição é um completo bem-estar físico, mental e social. Isso quer dizer que ter saúde, não é apenas a ausência de doenças ou enfermidades.
Se em algum momento das últimas semanas você sentiu por pelo menos sete dias seguidos alguns dos seguintes sintomas: agitação, preocupação, irritabilidade, tristeza, cansaço, perda do sono, desesperança, dores de cabeça, mudança de apetite, queda de cabelo, desanimo, apatia, medo, isolamento, entre outros você provavelmente esta com dificuldades quanto a sua saúde mental. E, você não esta sozinho(a), 86% dos brasileiros tem sintomas de estresse ou depressão e 30% da população economicamente ativa sofre de burnout.
Nos últimos anos vivenciamos a maior crise sanitária da história, devido a pandemia do covid-19. Enfrentamos um colapso, onde as pessoas por mais de dois anos tiveram que controlar o medo de adoecer e o trauma de perder pessoas próximas. O isolamento social, que de acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) foi o fator primordial para o aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão na população mundial. Com esses números assustadores, falar de saúde mental tornou-se essencial, principalmente nas empresas que perdem anualmente 8,5 trilhões de dólares devido a baixa produtividade e afastamentos.
Mas é preciso mais do que falar frente a essa causa, é preciso agir, o ano todo, todos os dias. Saúde mental precisa estar na prioridade dos indivíduos e das empresas. Saúde Mental deve estar no cronograma de ações das organizações, como programas de prevenção, programas educativos com a finalidade de tornar acessível informações importantíssimas sobre o adoecimento mental. É preciso conscientizar as pessoas, e para isso, a informação precisa estar acessível.
Já sabemos que a informação é poder, pois gera ação, e a ação que precisamos fomentar é que os colaboradores saibam onde e como buscar ajuda necessária, saibam como agir consigo e com o próximo em momentos de sofrimento ou adoecimento mental, frente a situações de stress, crises de ansiedade, pânico, esgotamento e exaustão entre outros sintomas recorrentes no contexto organizacional, é de suma importância que as empresas assumam a responsabilidade com o acolhimento e cuidado das pessoas, que compreendam de fato que o colaborador é o capital mais valioso do negócio e que as dificuldades relacionadas a saúde mental sejam tratadas com respeito, entendimento e acolhimento.
Em uma matéria de janeiro de 2021, Nubank o maior banco digital independente do mundo, mencionou que o diferencial deles sempre foi e sempre será o ser humano, com isso. “Construímos relações duradouras com nossos colaboradores, pautadas no reconhecimento, acolhimento e valorização dos nossos times. Isso gera um índice de engajamento alto, de 82%, e uma rotatividade de pessoal baixíssima de 5% mesmo em um ano tão desafiador como 2020”, destacou o CEO do banco,
No cenário que estamos vivendo, pós pandêmico mais a famosa geração Z que chegou ao mercado de trabalho em um contexto inovador, tecnológico, abertos a mudanças e com uma necessidade maior de acolhimento e de olhar para suas emoções, as empresas precisam estar dispostas a olhar novos horizontes para se manter perene no mercado. De acordo com Renato, Waldyr e Walter, autores do livro Felicidade Ilimitada, empresas felizes são mais lucrativas e mais criativas, funcionários felizes são mais produtivos e comprometidos e este é um diferencial importante. Gente feliz significa sustentabilidade. A felicidade é um gigante negócio. É a fórmula da liderança de mercado, a essência para alavancar melhores resultados e prosperar.
Via: Patricia Gomes – Tania Selinger