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SC é o Estado com maior percentual de demissões voluntárias do país; aponta pesquisa

Do total de desligamentos registrados no território catarinense, entre janeiro e maio deste ano, 46,5% foram feitos por iniciativa dos trabalhadores

Foto: Divulgação

Santa Catarina é o Estado do Brasil com maior percentual de demissões voluntárias do país. Do total de desligamentos registrados no território catarinense, entre janeiro e maio deste ano, 46,5% foram feitas por iniciativa dos trabalhadores, que resolveram se demitir.

Segundo os números, o percentual de demissões voluntárias no Estado é maior que o índice nacional, que foi de 33,4% no período.

Os dados constam em uma nota técnica emitida pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Diante da alta, a entidade questiona se o país vive o fenômeno da “A Grande Renúncia” ou no termo em inglês “The Great Resignation” — que é o alto nível de demissões voluntárias observado em diversos países nos últimos meses.

No Brasil, nos primeiros cinco meses de 2022, foram registrados 2,9 milhões de pedidos de demissão. No comparativo com o mesmo período de 2021, o Brasil registrou um crescimento de 35,2% no volume de desligamentos por iniciativa do funcionário.

Segundo análise da Firjan, “nunca tantos brasileiros deixaram seus empregos com carteira assinada voluntariamente”. Ainda conforme os dados analisados pela entidade, os números apontam que dos contratos de trabalho encerrados neste ano, um em cada três aconteceram por iniciativa do próprio trabalhador.

O maior recorde de pedidos de demissões, segundo a Firjan, havia sido registrado em 2014, quando 2,6 milhões de trabalhadores formais haviam pedido demissão. Diferente do cenário de 2022, onde a taxa de desemprego está alta, naquele ano o país tinha índices melhores de empregabilidade, inclusive, em maio registrava a menor taxa de desemprego da história.

Atualmente, segundo a entidade, “mesmo com alto número de desempregados em busca de trabalho, grande volume de trabalhadores opta por demissão voluntária”.

Motivos para os pedidos de demissões

A Firjan, em sua nota técnica, analisa os principais motivos que levam para esse aumento de trabalhadores pedindo demissões. Conforme a entidade, ambiente econômico local favorável pode ser um incentivo para essas saídas.

Outra questão apontada são as mudanças nas relações de trabalho, aceleradas pela pandemia e pela transformação digital nas empresas.

Perfil do trabalhador

Ainda segundo análise feita pela entidade, a propensão a pedir demissão aumentou em todos os níveis de escolaridades, mas profissionais com mais anos de estudo apresentam níveis mais altos de demissão por conta própria.

Em relação ao gênero, profissionais do sexo masculino, que são maioria no mercado de trabalho formal, responderam por 57,3% do número total de pedidos de demissão no começo de 2022, enquanto o sexo feminino representou 42,7%.

Já entre ocupações, das 10 que tiveram maior índice de demissões voluntárias, seis são área de Tecnologia da Informação.

Com informações do ND+

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