Economia

SC enfrenta apagão de gás natural e região Sul pressiona por mais oferta

A oferta de gás natural pelo gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol, na imagem) para a região Sul está no limite e, em Santa Catarina, 60 médias e pequenas indústrias já enfrentam fila de espera do insumo. Em reunião hoje, na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), o Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul (Codesul), presidido pelo governador Raimundo Colombo, vai discutir o problema e encaminhar correspondência à Petrobras cobrando solução urgente. Também participarão da reunião o governador do RS, Tarso Genro, e os vice-governadores do Paraná, Flávio Arns, e do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet. Os presidentes da SCGás, Cósme Polêse, e da Fiesc, Glauco José Côrte, falarão sobre os problemas de oferta, demanda e alternativas.

Conforme Polese, a lista de empresas que esperam gás foi constituída este ano e elas pertencem, principalmente, aos setores químico, metalmecânico e têxtil. Segundo matéria publicada no Diário Catarinense, na página da jornalista, Estela Benetti, A SCGás solicitou à Petrobras uma suplementação de fornecimento de 140 mil metros cúbicos por dia para essa demanda específica, mas ainda não foi atendida. Pleito semelhante do Paraná teve solução mais rápida.

De acordo com o presidente da Câmara de Energia da Fiesc, Otmar Müller, há diversas alternativas para atender o Sul: aumento da pressão interna do Gasbol com ampliação de 50% da oferta (hoje são 12 milhões de metros cúbicos/dia e passaria para 18 milhões), terminal de regaseificação de gás natural liquefeito, importação de gás de xisto e geração de biogás a partir de dejetos de suínos. Müller diz que o mais viável é ampliar a pressão, o que requer investimento de R$ 700 milhões e cinco anos para implantar.

Avaliação feita em janeiro apontou que o Gasbol estava com ocupação de 95,9% da sua capacidade. Ele é a única fonte de suprimento do insumo para SC, RS, PR e MS. Além disso, fornece também para São Paulo e Minas Gerais.