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Sessão Especial homenageia os 115 anos da Escola João Frassetto

Professores, ex-docentes e ex-diretores, além de pais, alunos e comunidade em geral acompanharam na noite de ontem (29) a Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Criciúma. O evento ocorreu na Escola de Educação Básica João Frassetto, localizada no Bairro Santa Luzia, e foi uma forma de homenagear a instituição que completou 115 anos. O autor do requerimento foi o vereador Salésio Lima (PSD), e foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.

“A história da escola se confunde com o desenvolvimento e história do Bairro Santa Luzia. Sinto muito orgulho quando encontro ex-alunos ocupando cargos de destaque, como o vereador Salésio Lima. Muita gente da escola fez curso superior, o que nos deixa orgulhos”, disse a primeira e ex-diretora da escola, Maria Just Hager.

A diretora Miriani Porto de Souza Caetano lembrou a evolução da escola. “Quantos sonhos foram construídos aqui. Agradeço a Deus por tudo o que vivenciamos e por todos, pais, alunos, professores e comunidade por tornar a escola referência na vida das pessoas”, destacou ela, antes de prestar uma homenagem para os ex-diretores: Maria Marlene Milaneze Just, Vanda Milioli Simon, Maria Salete Borguezam Daros, José dos Santos, Tânia Terezinha Bert Dalmotim, Jucelino Cervelin. Eles receberam uma placa como homenagem pelos trabalhos realizados na escola, que conta com mais de 1,2 mil alunos.

O gerente de educação da 21ª Gered, Luiz Rodolfo Michels, lembrou das dificuldades e dos desafios percorridos. “Esta escola fez e faz história em Criciúma. Tenho orgulho de falar da comunidade de Santa Luzia. Aqui tivemos o primeiro ginásio construído em uma escola pública na região da Amrec”, destacou, lembrando ainda das diversas salas de jogos, de educação física, e das novas salas de aula, além do incansável desejo dos docentes em oferecer ensino de qualidade.

O prefeito Márcio Búrigo salientou a importância do educandário e mostrou para o público presente o histórico escolar de Domingos Ladionei Peruchi, que hoje está com 65 anos, e que acompanhou a Sessão. “Isso é um documento histórico e muito raro”, relatou, enquanto lia uma parte do boletim, ressaltando as boas notas do ex-aluno.

O vereador Salésio Lima (PSD) disse que mora no Bairro há 50 anos e que acompanhou parte da evolução da escola. “Lembro-me da simplicidade, da força de vontade dos professores, alunos e comunidade que sempre buscaram fazer o melhor por todos que aqui passaram”, enfatizou.

O parlamentar lembrou de seus filhos, que assim como ele, estudaram e estudam no local. “Esta escola se tornou referência em Criciúma pelos projetos bem aplicados e desenvolvidos. São 115 anos formando cidadãos de bem que saem daqui com desejo de ser e fazer o melhor pela sociedade”, finalizou. Um vídeo confeccionado por professores e alunos contando a história da escola, além de corte de bolo e a banda Dendê, que é da instituição, abrilhantou a Sessão Especial.

Origem da Escola

A escola começou seus trabalhos na localidade de Linha Anta, no ano de 1898 e lá permaneceu até 1919 quando a população do Bairro Santa Luzia e redondezas lideraram um movimento para fundar uma instituição. Os filhos dos moradores, interessados em estudar, tinham que submeter-se a longas caminhadas até Criciúma, onde existia uma escola particular dedicada ao ensino da língua italiana, dirigida por freiras vindas da Itália ou para o Rio Maina onde havia uma escola dirigida por Piero Biava. Como o governo proibiu que se falasse ou estudasse o idioma italiano, a população da redondeza liderou um movimento para fundar uma escola. Francisco Meller, líder político da época, em viagem a Florianópolis (a cavalo), por mais de um mês, em entrevista com o governador Hercílio Pedro da Luz, conseguiu requerer a transferência da Escola que funcionava na Linha Anta para funcionar na localidade de Santa Augusta, nas proximidades da atual igreja.

A escola recebeu o nome de Escola Mista Pública de Santa Augusta. O povo da redondeza construiu o local de madeira, com uma varanda anexa, para servir de residência a professora que viria de Florianópolis. Enquanto aguardava-se a vinda da mesma, lecionou, provisoriamente, o professor Mário.

Em 1920, chegou a professora Laurinda dos Santos Coelho, vinda da Capital, popularmente chamada de Dona Lili, e lecionou até 1936. Em 7 de julho de 1937, deu-se a inauguração do novo prédio escolar, com o nome de Escola Pública Mista de Margem da Estrada Geral.

Em 1945, com a exploração do carvão, a população foi crescendo e por isso houve a necessidade de desdobrar a escola.

Em 1965, a escola passou a funcionar com três professoras: Maria Just Hager, Vanda Milioli e Cléria Just Nazari. Em 09 de julho de 1967, conforme Decreto Nº SE/5.458, o governador do Estado, Ivo Silveira, converte a Escola Isolada em Escola Reunida, que passou a denominar-se Escola Reunida Antonio Guglielmi Sobrinho, falecido no mesmo ano. Como no município de Içara já havia sido registrada uma escola com esse nome, houve a necessidade de substituir o nome. Foi aprovado o nome de João Frassetto, por ter trabalhado incansavelmente pelo bem da comunidade.

Daniela Savi/Imprensa Câmara de Vereadores de Criciúma

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