Melhorar o trabalho no campo, qualificando mão de obra e produtos oferecidos ao consumidor. Este é um dos principais objetivos da feira AgroPonte, que iniciou ontem à noite e segue até domingo, no pavilhão de eventos José Ijair Conti, em Criciúma. A vasta programação tem atraído pessoas de diferentes municípios da região, em busca de conhecimento nos setores da agricultura familiar, agronegócio, pecuária e piscicultura.
Exemplo disso é o senhor Augutinho Zanella, quem veio do município de Treze de Maio para conhecer a feira e participar da oficina “Capacitação técnica em implantação de sistemas pastoris de produção de leite”, realizada nessa tarde, pela Epagri. Aos 62 anos, o pecuarista diz que sempre trabalhou com gado de corte e de leite, e por isso veio buscar atualização na área. “Eu não conhecia a maioria dos pastos apresentados aqui, e agora vou colocar o que aprendi em prática. Vim porque tenho o interesse de melhorar a produção. Não dá para utilizar as técnicas de anos atrás e esperar resultados cada vez mais satisfatórios”, pontua.
Conforme o gerente regional da Epagri, Fernando Damian Preve, a intenção foi enaltecer o sistema agrosilvopastoril, apresentando o cultivo de pastagens com oito tipos diferentes de pastos ideais para a região, destacando o manejo e o conforto para a criação de animais. “É importante sempre reciclar e acrescentar novidades às propriedades rurais. Com a produção de leite à base de pastagem o pecuarista pode ter um melhor resultado produtivo com um menor custo operacional”, pontua.
Gado de origem europeia, uma das melhores carnes do país
O Núcleo Catarinense de Criadores Angus está presente na AgroPonte e trouxe, de três pecuaristas associados, 25 cabeças de gado. Conforme o vice-presidente da regional Sul do Núcleo, Filipe Pavei, o objetivo é difundir junto aos visitantes a carne que é considerada uma das melhores do mundo. “Este é um gado de origem europeu e um dos seus maiores benefícios é a qualidade da carne. Além disso, ele também tem a vantagem da precocidade, habilidade materna e facilidade no parto”, explana Pavei.
Ainda de acordo com ele, a raça chegou há cerca de duas décadas no Brasil, e há cinco anos ela se encontra em franca expansão. Um dos que apostou na qualidade do alimento foi o pecuarista Mauro Coelho, de Jaguaruna. Participando pela terceira vez da exposição da AgroPonte, Coelho trouxe, ao evento, nove animais. Um deles, explica, é um terneiro de alta genética para reprodução. “Trabalhamos com melhoramento genético e temos animais de alto nível. O evento é muito bom para os produtores. Eu, por exemplo, já vendi três gados só no primeiro dia”, conta ele.
Para o organizador da AgroPonte, Willi Backes, é motivo de satisfação ver os expositores e os visitantes fazendo bons negócios. “Ficamos muito felizes ao ver que o nosso evento cumpre as expectativas de quem participa, seja visitando, seja expondo. A feira é uma vitrine que põe em destaque o melhor que temos a oferecer no agronegócio, agropecuária, piscicultura e pecuária”, ressalta.
Feira segue até domingo
Com horários ampliados neste ano, a AgroPonte segue até domingo, no pavilhão de eventos José Ijair Conti. Na sexta, os portões abrem das 14h às 22 horas. No sábado, é possível visitar o espaço entre 10h e 22 horas. Já domingo, a feira abre às 10h e fecha às 18 horas.
Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação
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