Saúde

Sobe para 163 o número de casos de varíola dos macacos em SC

Os dados foram atualizados neste sábado (10) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina

Foto: Divulgação

A Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) informou neste sábado (10) que subiu o número de casos de varíola dos macacos, a hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês).

Em 24 horas, segundo o órgão, foram três novos casos confirmados no Estado, que totaliza 163 diagnósticos positivos da doença. Além disso, 299 exames estão em investigação. Esse número também cresceu, visto que sexta-feira (9) o número era de 298.

Santa Catarina já descartou 426 exames, que tiveram diagnostico negativo. Ao todo, a Dive já recebeu 911 notificações sobre a doença.

O crescimento de casos pode ser explicado pela forma como estamos acostumados a viver em sociedade, com muitos toques, como no ônibus, em festas. Segundo a médica epidemiologista e gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, isso contribui para que o vírus espalhe-se mais rapidamente.

O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em vários países.

No Brasil, o primeiro diagnóstico foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).

Característica

Causada por um vírus, a Varíola dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos, massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão as erupções cutâneas ou lesões na pele; ínguas; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. O ministério recomenda que as pessoas consultem um médico caso notem qualquer um destes sinais.

Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. Porém, na semana passada, começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade).

Vacinas

Por enquanto ainda não há um grande avanço no que diz respeito à vacinação contra a varíola dos macacos no Brasil. O Ministério da Saúde iniciou, em julho, as tratativas com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença.

“É necessário que haja um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para deixar isso bem claro, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo ao nível mundial”, justificou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Com informações do ND+

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