Saúde

Soro contra veneno de abelhas é aplicado em hospital de Tubarão

Foto: Divulgação / Diário do Sul

Foto: Divulgação / Diário do Sul

Os primeiros pacientes atendidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição – HNSC, de Tubarão, receberam o soro antiapílico que tem como intuito inativar o veneno da abelha. Esses pacientes são o terceiro e o quarto no mundo a receberem o produto.

Um dos pacientes, com 61 anos, sofreu 20 picadas de abelha, recebeu o soro e, após 24 horas, teve alta e passa bem. Os exames laboratoriais mostram melhora progressiva após o uso do soro. Outro paciente, de 77 anos, chegou desmaiado no hospital e recebeu aproximadamente 150 picadas de abelha, sendo 60 na região da cabeça. Após o atendimento médico inicial e a estabilização, recebeu o soro, apresentou melhora expressiva e após 24 horas recebeu alta.

De acordo com um dos pesquisadores, Daisson José Trevisol, após a aplicação do soro os pacientes apresentaram melhora clínica e laboratorial, o que impressionou pesquisadores e colaboradores da instituição. “Em ambos os casos, o soro, que é experimental, foi aplicado mediante o consentimento dos pacientes e seus familiares quanto aos riscos e benefícios deste medicamento. Nenhum dos pacientes apresentou qualquer reação ao soro”, relata.

Atualmente, o soro antiapílico é testado em três centros de pesquisa do Brasil: em Botucatu – SP, em Uberaba – MG e em Tubarão – SC, no HNSC.

Por aqui, a responsabilidade pela aplicação do produto é do CPC, e o estudo é conduzido pelos pesquisadores doutores Daisson José Trevisol, Fabiana Schuelter Trevisol e pelo médico dr. José Nixon Batista. O estudo conta ainda com a participação do Laboratório Santa Catarina.

A expectativa é que futuramente o soro seja um produto disponível para toda a população. “O soro poderá salvar vidas em casos de acidentes com picadas de abelhas africanizadas”, relata Daisson.

O pesquisador informa ainda que se um adulto for picado por mais de 500 abelhas, o corpo recebe uma quantidade de veneno suficiente para causar lesões nos rins, fígado e coração, debilitando esses órgãos.

Com informações do Jornal Diário do Sul