Segurança

Torcida organizada da Chapecoense é alvo de operação da polícia

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (16) uma operação para investigar uma torcida organizada da Chapecoense

Foto: Divulgação PCSC

A Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal de Chapecó/SC, deflagraram uma operação para investigar uma torcida organizada da Chapecoense. O trabalho foi na manhã desta quarta-feira (16). O presidente da Torcida Jovem  informou à reportagem que a organização tem sido vítima de perseguição, “após cobranças a diretoria da Chapecoense, com faixas coladas no estádio”.

“Após aquele dia começou essa perseguição. Alegam uma briga no dia do jogo do Criciúma. Mas nos desconhecemos qualquer ato de violência nos últimos anos. A tal briga nunca existiu”, informou. As informações são do Portal ND+.

A Chapecoense, nesse momento, tem um risco de rebaixamento de 70,9%. Segundo o que aponta um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

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Operação contra torcida organizada da Chapecoense:

Em coletiva, o delegado que coordena a operação, Éder Matte informou que foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Durante o trabalho foram apreendidos celulares e documentos digitais.

Os trabalhos foram realizados para identificar as pessoas que, segundo a polícia, foram vistas portando armas de fogo no entorno da Arena Condá.

“Essa é a primeira fase dessa operação, nessa quarta foram alvos casas de integrantes da torcida e a sede dos torcedores”. O delegado destacou que atuam para coibir atos de violência envolvendo as torcidas.

O que diz o Ministério Público de Santa Catarina?

Um procedimento foi instaurado para apurar atos violentos, que teriam sido realizados por integrantes da torcida organizada da Chapecoense, a “Torcida Jovem”, dentro e no entorno do estádio Arena Condá.

O MPSC recomenda que a Associação Chapecoense, no prazo de 20 dias, realize melhoria visando à prevenção de responsabilidades e correção de condutas ilícitas.

  • Exigência de fotografia nas carteiras dos sócios/membros das torcidas organizadas;
  • Criação de canal exclusivo para acesso ao estádio para membros de torcidas organizadas;
  • Proibição de entrada, no estádio, de bandeiras com mastros;
  • Solicitação periódica do auxílio dos agentes de segurança pública com o objetivo de coibir atos de violência dentro e no entorno do estádio;
  • Instalação de câmeras de reconhecimento facial na entrada destinada às torcidas organizadas;
  • Estipulação de horário para ingresso das torcidas organizadas ao estádio.

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“As obrigações acima citadas não impedem a adoção de outras medidas consideradas adequadas para a prevenção e a repressão de atos violentos no estádio”, destacou o texto do MPSC.

O que diz o clube?

Em nota, a Associação Chapecoense de Futebol informou que recebeu, na última terça-feira (16), recomendações do Ministério Público com relação à melhoria na segurança dos estádios.

Dentre os apontamentos, estão ações de re-cadastramento das torcidas organizadas e instalação de tecnologias de reconhecimento facial.

“Além destas, todas as medidas indicadas pelo Ministério Público, pela Polícia Militar e pela Polícia Civil serão integralmente acatadas pela instituição alviverde”.

Sobre a operação, a Chapecoense informou que soube da Operação Cartão Vermelho nesta quarta-feira (16). “O clube acompanha, atentamente, o andamento das investigações e ratifica o seu compromisso de prestar todas as informações necessárias às autoridades policiais e judiciais”.

Com informações ND+