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Trabalhadores da ponte Anita Garibaldi continuam em greve

Trabalhadores apresentaram uma contraproposta à empresa, que está avaliando o pedido

A greve dos trabalhadores do canteiro de obras da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, continua por tempo indeterminado. Em assembleia, ontem, eles não aceitaram a contraproposta do consórcio Camargo Corrêa/M.Martins/Construbase.

Os 1.026 trabalhadores apresentaram uma contraproposta à empresa, que está avaliando o pedido. Entre as exigências está o pagamento de 30% de abono salarial, o adicional de hora extra de 60% de segunda a sexta-feira e 80% no sábado, 20% no tíquete alimentação e o não pagamento dos dias parados.

“A empresa está analisando a proposta e é isso que os trabalhadores querem agora. O importante é que o canal está aberto para negociação”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada de Santa Catarina, Arnaldo Camargo de Freitas.

Segundo ele, é impossível prever se a empresa aceitará a contraproposta ou não. Contudo, ele ressalta que a greve é pacífica, ordeira e sem piquete. “Por enquanto, tudo está transcorrendo tranquilamente e de forma ordenada”, ressalta.

Um pedreiro, carpinteiro ou armador, que trabalha no canteiro de obras da ponte, ganha, em média, R$ 1,2 mil. “Este é o salário base destes profissionais. Já um servente recebe cerca de R$ 911,00. Os salários são baixos e, por isso, eles exigem estes benefícios”, acrescenta Arnaldo.

Segundo o Diário do Sul, em audiência no Tribunal Regional (TRT), terça-feira, o consórcio ofereceu o pagamento de 30% de abono salarial, tíquete alimentação e benefícios nos alimentos, como mudanças no cardápio. A construção da ponte Anita faz parte das obras de duplicação da BR-101. A paralisação iniciou na última quarta-feira.