Segurança

Tribunal do Júri ocorrerá em dezembro

Foto: Lucas Lemos/Canal Içara

Foto: Lucas Lemos/Canal Içara

O julgamento do acusado de matar a jovem Vivian Lais Philippi, em 4 de março, próximo à casa da estudante no bairro Jardim Silvana, em Içara, ocorrerá em dezembro. A data não foi publicada oficialmente, mas um acordo entre as partes definiu que o réu será submetido ao Tribunal do Júri ainda neste ano.

M.J.S., 18 anos, foi preso em 17 de abril, após confirmação da compatibilidade do material genético dele com o coletado nas unhas da estudante. Na mesma noite, o principal suspeito foi preso em um bar no bairro Tereza Cristina, em Criciúma. Ele foi recolhido ao Presídio Regional e transferido a Penitenciária Sul, onde permaneceu pouco mais de um mês. Atualmente, ele aguarda julgamento na unidade do bairro Santa Augusta.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado por causa da crueldade empregada e pela tentativa de ocultar o crime de estupro, crime que também será julgado. Caso condenado, M. poderá pegar mais de 30 anos de prisão.

Versão do acusado

Em 19 de outubro, o caso ganhou passo com a realização da primeira e única audiência de instrução e julgamento. Na sessão, o magistrado Fernando Dal Bó Martins ouviu testemunhas e o réu. O denunciado manteve a versão de que Vivian foi atacada pelo irmão de 16 anos e outros três rapazes. Ele contou que ao tentar ajudar a vítima foi agredido e caiu inconsciente no chão. Depois disso, confirmou na audiência que foi levado em um carro para outro local do bairro onde ocorreu a barbárie.

O irmão do denunciado negou a participação no crime e relatou que somente soube da morte da estudante cerca de uma hora após o corpo ter sido encontrado.

Relembre o caso

Vivian foi encontrada morta em um depósito de ferramentas no bairro em que residia com os pais. A jovem sofreu violência sexual e foi morta por asfixia. A Polícia Civil recebeu informações e denúncias, inclusive de uma testemunha que teria avistado um jovem próximo ao local do assassinato. No entanto, sem um retrato-falado, os investigadores focaram na análise de mais 300 cadastros telefônicos ligados à vítima. Sem sucesso, a investigação focou nas características repassadas pela testemunha ocular.

Os primeiros interrogados, segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Iasco, foram os jovens conhecidos no meio policial, inclusive o irmão do acusado, que também possui antecedentes. Como M. não tinha passagens, a investigação sobre ele não foi aprofundada. Porém, uma denúncia anônima apontou para o envolvimento do rapaz, que passou a ser monitorado. Com o consentimento do então suspeito, amostra genética foi coletada, comprovando a autoria do rapaz, que já havia trabalhado na casa da vítima.

Com informações de Morgana Rosso/Jornal da Manhã